Divulgação/Polícia Civil

O Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) pediu para que o médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a namorada fisiculturista Renata Muggiati, vá a júri popular. O pedido é assinado pelo promotor Marcelo Balzer Correia. Renata morreu no dia 12 de setembro de 2015 após cair do 31º andar de um prédio no Centro de Curitiba. Marques é acusado de asfixiá-la e depois jogar o corpo pela janela do apartamento e responde por lesão corporal, fraude processual e homicídio qualificado.Marques negou no dia 15 de agosto que tenha matado a namorada e fisiculturista Renata Muggiati em 12 de outubro de 2015.  Ele prestou pela primeira vez depoimento no juizado de Violência Doméstica, em Curitiba.No depoimento, ele sustentou que Renata cometeu suicídio.  Justiça decide se ele vai ou não a júri popular.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) pediu em fevereiro a  prisão preventiva do médico. A ação, assinada pelo promotor Marcelo Balzer Correia, pedia ainda a revogação dos benefícios concedidos. como o uso de tornozeleira, porque ele teria descumprido ordem judicial de não frequentar casas noturnas.  O médico estava em liberdade desde agosto de 2017, quando conseguiu um  habeas corpus. Segundo a assessoria de imprensa, o Ministério Público ainda alega que ele faltou à audiência de custódia, em 23 de janeiro deste ano, e deu uma justificativa falsa. Ele não tem a obrigação de comparecer às audiências do caso, porém alegou que não iria por compromissos profissionais, e, na verdade, estava em uma casa de jogos, na capital.

Novela do Laudo

O médico-legista Daniel Colman foi indiciado por falsa perícia no caso envolvendo a morte da fisiculturista Renata Muggiati. A Polícia Civil não pode dar mais detalhes porque o caso tramita em segredo de justiça.  Diante da notícia do indiciamento, a Direção da Polícia Científica do Paraná vai afastar o servidor das funções no Instituto Médico Legal (IML). 

O primeiro exame do IML indicou que a fisiculturista tinha se suicidado ao se jogar  pela janela do 31º andar no dia 12 de setembro de 2015. Mas outros quatro laudos diziam que ela tinha sido asfixiada antes da queda. Por causa do primeiro laudo, o médico Raphael Suss Marques, namorado dela à época, acusado do crime, acabou sendo solto. O primeiro laudo confirmava a versão do médico de que Renata teria se jogado da janela do 31º andar. 

Diante dos resultados diferentes dos exames, o MP-PR e a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) abriram, então, investigações para apurar porque saíram laudos do IML com resultados opostos. Para esclarecer as dúvidas sobre a morte de Renata, a Justiça determinou a exumação do corpo. O laudo errado era o assinado por Collmann, por isso ele foi afastado