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O Ministério Público Federal (MPFPR) pediu autorização à Justiça Federal para enviar um pedido ao Líbano para localizar Luiz Abi Antoun, réu na Operação Integração. Segundo informações de familiares, o primo do ex-governador Beto Richa, está no Líbano desde setembro de 2018.  O pedido de expedição de carta rogatória foi feito em 13 de maio.

A Justiça acatou a denúncia contra Abi por organização criminosa e corrupção passiva no âmbito da Integração em março desde ano e desde então não foi localizado por um oficial de Justiça. De acordo com o pedido do Ministério Público, o oficial de Justiça já foi a dois endereços no centro de Londrina, que constam no processo, mas recebeu a informação, da própria mulher de Luiz Abi Antoun, de que ele está no Líbano, em tratamento de saúde e não tem previsão de retorno. Segundo o MPF, a mulher não soube informar endereço ou telefone do marido. 

A denúncia – O juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Criminal de Curitiba, acatou denúncia do Ministério Público Federal contra Luiz Abi em março de 2019, por organização criminosa e corrupção passiva dentro da operação Integração, 48ª fase da Lava Jato, que investiga um esquema de cobrança de propina de concessionárias do pedágio no Estado em favor do grupo político do tucano. Segundo o MPF, Abi Antoun seria um dos “operadores financeiros” do esquema, responsável por receber o dinheiro da propina.

De acordo com a denúncia, o primo do ex-governador administrava uma espécie de “caixa geral” de propinas e irmão do tucano, o ex-secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Pepe Richa arrecadava a propina diretamente de empresas que mantinham contratos com a Pasta, entre as quais as concessionárias de pedágio. A denúncia contra Abi Antoun foi apresentada separadamente porque ele está no Líbano desde setembro de 2018. Ao G1, o advogado Anderson Mariano, que defende Luiz Abi Antoun, disse que o cliente está tranquilo e que sua inocência será comprovada na Justiça.

A denúncia é um desdobramento da Operação Integração II, que tornou réus no final de janeiro o ex-governador; seu irmão, Jose Pepe Richa Filho; a esposa do tucano, Fernanda Richa e o contador Dirceu Pupo; além de vários outros agentes públicos e privados envolvidos no esquema.