A presença das mulheres nas empresas está aumentando em todo o Brasil, sobretudo em cargos públicos. No Paraná, por exemplo, cerca de 59% do funcionalismo público é de responsabilidade delas. Essa é uma boa notícia, e mostra que o mercado de trabalho está ficando cada vez mais diversificado e igual. Entretanto, algumas mudanças ainda estão em pauta, como a presença de mais mulheres nos cargos de chefia. Algo que é desafiador não apenas no país, mas também no exterior.

Um levantamento feito pela PrePlay, site de aulas de inglês online, mostrou como é o quadro de funcionários de algumas empresas em todo o mundo. Nos cargos de chefia, como os CEOs, as mulheres representam apenas 4,7%. Ou seja, até mesmo por lá ainda existe uma desvantagem grande para elas, mas que diminui com os anos. Não faltam movimentos e campanhas para que essa porcentagem aumente. A representatividade é uma das palavras mais compartilhadas em empresas de inovação, um dos setores que mais cresce em todo o mundo.

Essa é uma discussão que também é forte no Brasil, inclusive em todo o Paraná. Uma reportagem recente nossa mostrou algumas das dificuldades que as mulheres têm no mercado de trabalho, apesar do crescimento de quase 40% nos últimos anos. Essa é uma disputa interessante, que precisa ser o foco não apenas das empresas privadas, mas também do setor público. As mulheres já começaram a ganhar o mercado, inclusive com uma presença cada vez maior. O que falta são cargos de chefia para elas.

Desde 2021, segundo artigo do site G1, as contratações de mulheres estão aumentando em todo o estado. Apenas na indústria alimentícia, por exemplo, foram contratadas quase 5 mil empregadas entre janeiro e setembro do ano passado. Ou seja, a mudança está acontecendo gradualmente, e essa disparidade entre os dois gêneros está diminuindo. Essa é uma das principais vitórias do mercado de trabalho no Brasil.

Mais formação

Um dos caminhos para que as mulheres tenham mais cargos de chefia é o investimento em educação de alta qualidade. Esse é um elemento essencial para quem sonha com altas funções em qualquer empresa. Nos dados que falamos da PrePly sobre os Estados Unidos, é possível perceber que os cargos de CEO costumam ser voltados para quem é formado em universidades mais credenciadas.

A famosa Universidade de Harvard possui cerca de 70 CEOs como antigos alunos, e uma boa parte com doutorado. Esse cargo de chefia por lá costuma exigir qualificações altas, por isso 34,6% dos chefes possuem a mais alta formação do ensino superior. Incentivar as mulheres nesses estudos pode ser o caminho para que as empresas, sejam startups ou não, abra espaço para cargos de chefia com elas. Uma mudança que só traria benefícios para o mercado.

Não faltam estudos e pesquisas para falar sobre isso, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Ter uma variedade no topo das empresas pode gerar um impacto social na vida de muitas pessoas, inclusive dos homens. Isso explica todos os movimentos que existem com esse objetivo.

Todas essas mudanças costumam acontecer lentamente, mas as mulheres estão ganhando espaço no mercado de trabalho. Esse é um movimento inovador, mas que gera um desafio que não acontece apenas no Paraná, mas em todo o mundo. Os cargos de chefias costumam ser essenciais, pois são eles que ditam a filosofia das empresas e da economia do país. Uma ideia que serve também no funcionalismo público. Por isso, é tão importante que as mulheres consigam alcançar uma presença maior nestes cargos.