SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais um dos painéis de vidro do muro que separa a marginal Pinheiros da raia olímpica da USP foi encontrado quebrado, na madrugada desta terça-feira (14). Com este, sobe para 17 o número de danos registrados à estrutura.

Ela foi encontrada danificada às 2h por agentes da Guarda Civil Metropolitana, órgão responsável por rondas diárias pelo espaço. A promessa de monitoramento da área por câmeras segue sem previsão.

A GCM afirma não ser possível dizer que a peça foi depredada ou se o vidro quebrou, por exemplo, devido ao impacto causado pelo fluxo de veículos. Cada placa quebrada é avaliada em R$ 4.000.

O muro de vidro da USP é alvo de investigação policial que deve ser arquivada sem nenhuma conclusão.

O modelo de muro com vidraças foi anunciado em julho do ano passado. A construção foi feita por meio de doação de empresas à USP, sob intermediação do então prefeito e atual candidato ao governo, João Doria (PSDB).

A negociação para a construção do muro não dispõe de um contrato entre as companhias e a universidade, apenas um termo de doação, o que dá margem ao atual limbo em que se encontra a execução dos serviços.

Para a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), apesar de a obra ter sido desenhada sob os moldes das doações de empresas à prefeitura, praticadas desde o início da gestão Doria, não cabe ao município fazer nenhuma intervenção por não se tratar de obra da administração. O chamamento público foi feito pela universidade, ressaltou a gestão.

Por outro lado, a universidade afirma que, até a obra ser entregue, qualquer intervenção é de responsabilidade das 44 empresas que aceitaram participar das doações, inclusive a substituição de ao menos 20 placas de vidro quebradas de forma misteriosa nos últimos quatro meses.

A USP diz ainda que não está definido quem irá pagar a conta de toda a manutenção do muro após o fim da obra -são 1.222 placas de vidro.