Um dia antes da nova tentativa de votação do pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN), a Câmara Municipal de Curitiba amanheceu hoje cercada de grades e sob esquema de segurança da Polícia Militar. O presidente da Casa, vereador Serginho do Posto (PSDB), diz que se for preciso, será utilizado o interdito proibitório concedido na semana passada pela juíza Patrícia de Almeida Gomes Bergonse, da 5ª Vara da Fazenda Pública, que proíbe a ocupação do Legislativo, sob pena de multa de R$ 50 mil. Em caso de nova ocupação, a determinação da juíza autoriza a PM a promover a reintegração de posse da Casa para garantir as votações.

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Na terça-feira da semana passada, a primeira tentativa de votar os quatro projetos do pacote sob regime de urgência – que inclui a suspensão de planos de carreiras e o adiamento da data-base do reajuste salarial anual dos servidores, o aumento de contribuições previdênciárias, o repasse de R$ 600 milhões do fundo de aposentadoria municipal para a prefeitura e o leilão de dívidas do município -terminou com a invasão da Câmara por manifestantes contrários às medidas e a suspensão da sessão. Na quarta-feira, os sindicatos que representam a categoria se reuniram com o secretário municipal de Governo, Luiz Fernando Jamur, na prefeitura, mas não houve avanços nas negociações. O Executivo insiste que a aprovação do ajuste é a única forma de recuperar as finanças da prefeitura e garantir o pagamento dos salários dos servidores e a manutenção dos serviços públicos. Os sindicatos mantiveram posição pela retirada dos projetos de pauta. No mesmo dia, os servidores decidiram manter a greve e a mobilização para pressionar os vereadores contra a aprovação dos projetos.

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