Já dizia a música: Tristeza não tem fim/ felicidade sim. Com o final de ano, os trabalhadores comemoram (além das férias) a chegada do 13º salário. Mas alegria de pobre dura pouco, reza o ditado. E no país em que 0,7% da população detém 41% da riqueza, a alegria (quando se tratando de economia, finanças) torna-se ainda mais rara. E no país em que o salário médio mensal do trabalhador é de R$ 1,5 mil, o 13º salário serve para pagar dívidas.

É o que mostra pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) divulgada nesta segunda-feira (11). Segundo o estudo, 62% dos consumidores pretender usar o dinheiro para pagar dívidas já contraídas – um aumento de 1,64% sobre 2012.

Isto demonstra que a redução da atividade econômica e inflação mais elevada aumentou o endividamento dos consumidores”, aponta o levantamento, que registrou queda na porcentagem de consumidores que pretende comprar presentes, passando de 16% para 14%.

Segundo a Anefac, o estudo aponta maiores dificuldades e preocupações com os gastos neste ano”, um ano em que os produtos mais atraentes serão celulares (74%), roupas (70%) e eletroeletrônicos (68%).

Natal

O Natal promete ser pomposo para 20% dos consumidores, com a pesquisa indicando que eles pretendem gastar mais de R$ 50 – em 2012, essa porcentagem era de 24%. Já a porcentagem daqueles que pretendem gastar no Natal até R$ 500 passou de 76% para 80%.

Quanto à forma de pagamento, foi verificado aumento de 1,30% no número de consumidores que pretendem utilizar recursos próprios para as compras de natal e uma redução de 4,41% no número de consumidores que deverão utilizar cheques pré-datados. A grande maioria dos consumidores (81%) deverão utilizar cartões de crédito para as compras de Natal.