Geraldo Bubniak – Claudinei Oliveira

O técnico do Paraná Clube, Claudinei Oliveira, afirmou que não pretende deixar o clube nessa reta final do Campeonato Brasileiro, apesar dos resultados negativos. Foram três empates e sete derrotas desde que ele assumiu o comando da equipe. O treinador também defendeu seu trabalho e afirmou que pode negociar com a diretoria para permanecer para 2019.

Perguntado sobre sua situação contratual, Claudinei explicou seu ponto de vista. “Nossa ideia inicial era fazer uma coisa mais longa, mas tinha a coisa da eleição. Já teve esse desfecho (com a reeleição de Leonardo de Oliveira). Estou à disposição do clube. Se for melhor para o clube permanecer até o final do ano, eu permaneço. Virar de costas e sair talvez fosse mais cômodo, mas não é o meu perfil. Não estou tendo uma contribuição negativa. Estou tentando ajudar. Tenho as minhas concepções pelo que aconteceu, já conversei internamente. É hora de olhar para frente”, declarou, na entrevista coletiva após a derrota para o Fluminense, no Maracanã, na última segunda-feira (dia 8).

Ele também falou sobre 2019. “Em relação a projeto, o presidente tinha só mandato até o final do ano. Agora ele acabou de ser reeleito. Não conseguimos sentar ainda para negociar. Concordo que não temos que ficar mudando de clube muito. Vamos ver se, nesta semana, a gente tem uma conversa com a diretoria para a gente traçar alguma coisa para o futuro”, explicou. “Quando vim para o Paraná, saí do Sport em uma situação mais confortável, dois pontos acima da zona de rebaixamento, em 13° ou 14°. No voo de volta, recebi uma ligação me convidando para vir para o Paraná. Em 2015, fiquei um período de seis meses desempregado quando saí do Vitória, e o Paraná me abriu a porta naquele momento. Estou tentando dar minha contribuição”, contou.

MOTIVAÇÃO
Com o rebaixamento do Paraná Clube praticamente decretado, Claudinei explicou como está encarando as rodadas finais da competição. “A gente pode fazer alguma coisa a mais. Se não vamos terminar em 16° no campeonato, a gente pode terminar em 13° no segundo turno, fazer um segundo turno mais digno, com uma pontuação maior do que alguns clubes, para que a gente mostre que tivemos hombridade até o final. É isso que a gente pede para eles”, disse. 

ENGAJAMENTO
O treinador avisou que pode mudar a equipe com base na motivação dos jogadores. “Aqueles que não tiverem essa postura, com esse engajamento que nós da comissão temos procurado passar para eles, a gente vai deixar de lado e vai optar por outros. A gente precisa disso aí, de caras engajados, comprometidos e com personalidade para encarar este momento. Que não se omitam como a gente não está se omitindo”, declarou.

EMOCIONAL
Claudinei destacou ainda que o aspecto emocional vem pesando nos últimos jogos. “Nos últimos jogos para cá, ficou muito evidente a questão emocional. Começamos bem contra o Atlético Paranaense, tomamos o gol e parece que o mundo desaba nas costas do jogador. Isso aí, para mim, está muito evidente. Hoje (segunda-feira), conseguimos fazer dois ou três bons contra-ataques, poderíamos ter aberto o placar e, na segunda finalização do Fluminense, sofremos o gol. Acabamos sofrendo o segundo gol, aí o estado do vestiário já é difícil”, argumentou.