SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nathalia Dill, 32, acredita ainda ser preciso lutar por mais direitos para as mulheres. “Não somos estimuladas a nos tornarmos líderes e as portas não se abrem tão facilmente para nós em cargos de comando. Está vendo por que o feminismo é tão necessário?” disse ela em entrevista à revista Cosmopolitan. 

Capa do mês de maio da publicação, a atriz está no ar como Elisabeta Benedito em “Orgulho e Paixão” (Globo). Embora nunca tenha sofrido assédio no trabalho, ela diz que se sente assediada em tempo integral -e não só por sua profissão, mas principalmente por ser mulher.

“Nenhuma mulher se sente segura ao andar por aí sozinha. Eu mesma tenho medo de sair do Projac [Estúdios Globo] à noite e ser atacada. Essa é uma forma de prisão tão absurda”, disse.

Por questões como essa, Dill se reconhece como feminista e levanta bandeiras políticas, como a legalização do aborto. “As [mulheres] ricas quando têm uma gravidez indesejada abortam com segurança, enquanto as pobres morrem em lugares clandestinos. Isso é ser a favor da vida?”

Nas redes sociais a atriz compartilha alguns cartazes relacionados ao feminismo, como um em que comemora o voto feminino e outro em que homenageia a vereadora Marielle Franco (***), assassinada em março de 2018.

O posicionamento, muitas vezes, rende críticas. Mas, aos 32 anos, ela diz ter aprendido a lidar melhor com os comentários. “Deixei de ter tanto medo de dar a cara a tapa. Por outro lado, brigo menos.”