As negociações entre o governo do Estado e os servidores públicos estaduais sobre a data-base do reajuste salarial anual do funcionalismo não avançaram na nova reunião entre representantes do Executivo e dos sindicatos, na terça-feira, no Palácio Iguaçu. Ao contrário do que esperava o Fórum das Entidades Sindicais (FES), o governo não apresentou uma proposta de reposição, adiando a discussão para a próxima segunda-feira. Os servidores – que estão com os salários congelados desde 2016 cobram a reposição das perdas relativas à inflação dos últimos 12 meses, de 4,94%.

Segundo a representante do FES, Marlei Fernandes, a comissão deve se reunir com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri (PSD) para buscar uma posição do Executivo. A categoria não descarta uma greve caso não haja uma resposta concreta até o próximo dia 29. “A Secretaria da Fazenda continua colocando uma receita muito baixa que nós sabemos que lá no final do ano de novo não vai se confirmar”, disse a coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais (FES), Marlei Fernandes.

As negociações se arrastam há quase um mês. Inicialmente, o governo sinalizou que não haveria qualquer reajuste, alegando já estar no limite dos gastos com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Após as manifestações dos servidores no último dia 29 de abril, porém, o Executivo moutou uma comissão para discutir o assunto. Desde então, foram cinco reuniões.

Na reunião de terça-feira, o economista Cid Cordeiro, apresentou dados segundo os quais o governo tem condições financeiras de pagar a reposição. “Apresentamos os dados tanto da receita, tanto do aumento de gastos previstos para 2019 e concluimos que dentro do limite fiscal, há condições sim de pagar essa data-base de 2019, de 4,94% a partir de maio e também 1% em Outubro e mais 1% no mês de dezembro”, disse Cordeiro.