José Fernando Ogura/ANPr

Um acidente de grandes proporções chamou a atenção de quem passou por um dos estacionamentos do Parque Barigui, em Curitiba, neste sábado (15). Por sorte, tratava-se apenas de uma simulação para treinamento que reuniu o Samu, o Siate e mais uma dezena de entidades e instituições convidadas. Organizado pelas Secretarias da Saúde Estadual do Paraná e Municipal de Curitiba, o exercício contou com pessoas caídas e um veículo tombado para dar o máximo de veracidade possível. 

O exercício fez parte do Curso de Atendimento a Múltiplas Vítimas, que marcou os 15 anos de implantação do Samu Curitiba e os 29 anos do Siate Curitiba.

“O atendimento pré-hospitalar realizado pelo Samu e Siate é fundamental para salvar uma vida. Acidentes não seguem regras e todos estamos sujeitos a eles. Portanto, nosso apoio e investimentos na área”, afirmou o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto. Só neste ano, o Estado repassou cerca de R$ 40 milhões para urgências e emergências.

TREINAMENTO – Cerca de 400 pessoas, incluindo estudantes de medicina da Faculdade Pequeno Príncipe no papel de “vítimas”, participaram da atividade. Houve simulações com vítimas isoladas e múltiplas pessoas. Na sexta-feira (14), o dia todo foi dedicado à parte teórica (comando e controle das ações, comunicação, eventos em massa, regulação médica, transporte de vítimas e preparação dos hospitais) do atendimento.

“Situações como essa não ocorrem com muita frequência, e é justamente por isso que precisamos estar preparados”, explicou a médica Beatriz Monteiro Oliveira, coordenadora da Rede de Atenção a Urgências da Secretaria de Estado da Saúde. 

O atendimento pré-hospitalar, ainda de acordo com a coordenadora da Rede de Atenção da Sesa, tem uma dinâmica diferente e exige organização especial para não levar o caos do local do acidente para os hospitais. Segundo Beatriz, há diferença entre um atendimento de rotina e um acidente de trânsito, quando todos os recursos disponíveis são usados para atender a vítima mais grave. No caso de múltiplas vítimas, a intenção é de salvar o maior número de pessoas, o que faz da triagem um fator fundamental para um resgate exitoso.

Participaram também profissionais do Samu de todo o Estado, Exército, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e serviços particulares de emergência.

NÚMEROS – O Samu do Paraná faz cerca de 1,8 mil regulações por dia, com 1.650 saídas/dia de ambulâncias às emergências clínicas, obstétricas e cirúrgicas, pediátricas e psiquiátricas. Já o Siate Metropolitano atende em média 60 ocorrências/dia; é um serviço especializado em trauma em geral.