Levy Ferreira/SMCS

Os lagos dos parques de Curitiba estão passando por limpeza para remoção de plantas aquáticas. O trabalho, coordenado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, já foi feito nos parques Tingui, Atuba, Guairacá e agora está no Cambuí. Os dois últimos ficam na Regional Portão.

As plantas aquáticas e flutuantes são naturais e características desses ambientes, com lagos pouco profundos, podendo ser flutuantes ou enraizadas no fundo e margens. E nessa época do ano se reproduzem mais rapidamente, tomando conta da superfície de alguns lagos e podem comprometer a oxigenação da água.

“Assim como as roçadas são feitas para manter a grama dos parques aparada, os lagos dos também precisam dessa limpeza específica na vegetação que se prolifera mais rápido no calor”, diz a gerente de Parques e Bosques da Secretaria do Meio Ambiente, Walquiria Pizatto.

Do lago para o jardim: material vira adubo
O trabalho é quase artesanal e demorado. A vegetação flutuante precisa ser manualmente empurrada para as margens e uma escavadeira recolhe.

Por ser matéria orgânica pura, as plantas que saem dos lagos vão para compostagem e viram adubo, matéria orgânica que depois é usada pelo Horto Municipal.

Lentilhas da água, rabo de gato, orelha de rato, typha, aguape e egera são os nomes comuns dessa vegetação. “A manutenção precisa ser feita duas vezes por ano, em cada lago, para manter o ambiente em equilíbrio. Lembrando também que essas plantas servem de abrigo e de local para alimentação de fauna aquática. Elas têm uma função biológica importante”, diz Walquiria.

No Cambuí, serão necessários 20 dias de trabalho para remover toda a vegetação flutuante. O trabalho começou nesta quarta-feira (5/2).

Do lago do Parque Guairacá foram retirados 90 caminhões cheios dessas plantas. Quantidade suficiente para cobrir dois campos de futebol do tamanho do Maracanã (Rio de Janeiro). Para essa quantidade foram necessários 15 dias de serviços.