Todos os anos, desde 1997, quando foi instituído o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é lembrada de 18 a 25 de setembro a Semana Nacional do Trânsito , marcada por uma série de eventos e ações educativas, de forma a conscientizar as pessoas sobre o comportamento na condução de veículos ou na condição de pedestres.
No Brasil, como se sabe, as estatísticas referentes aos acidentes de trânsito são cada vez mais alarmantes. Apenas no ano de 2017, último dado oficial disponível, mais de35 mil pessoas morreram por causa de ocorrências ligadas ao trânsito. Especialistas, com base em estatísticas e pesquisas, afirmam que morrem mais pessoas nesse tipo de acidente do que de câncer.
A maioria desses acidentes, de acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária, está relacionada com infrações cometidas pelos motoristas e até pelos pedestres, dentre as quais, se destacam:
1. Uso do telefone celular com o veículo em movimento;
2. Dirigir alcoolizado ou sob efeito de substâncias psicoativas;
3. Excesso de velocidade;
4. A não utilização correta da sinalização do veículo (seta, luz de alerta, faróis, etc);
5. Não manter distância segura em relação ao veículo da frente (algo comum nas rodovias);
6. Falta de manutenção do veículo (motor, combustível, óleo, freios, pneus e demais equipamentos e acessórios do carro);
7. A não utilização do cinto de segurança e outros itens de segurança;
8. O desrespeito da sinalização do trânsito; e
9. O desrespeito às leis de trânsito.
Mas não é só isso. Constata-se que a má formação dos condutores também é um entrave para a conscientização do trânsito. Esse entrave, por via de consequência, permite afirmar que boa parte dos condutores ainda não tem a devida e necessária consciência ao assumir a direção de um veículo. Assim, muitas pessoas se sentam ao volante e saem por aí, seja nas vias urbanas ou nas rodovias, achando que o mundo está a seus pés. A má formação gera a má conscientização e, portanto, leva o condutor a cometer uma série de infrações, como as registradas no parágrafo anterior.
Felizmente, os brasileiros dispõem de um tempo em que a conscientização para as questões de trânsito é despertada. É a Semana Nacional do Trânsito, um momento de reflexão. É uma oportunidade para o condutor tomar consciência da educação para o trânsito. E de pensar seriamente que vidas estão em jogo
As campanhas de conscientização têm uma importância fundamental na busca de orientações para os condutores. Elas chamam a atenção dos motoristas para que eles passem a ter os devidos cuidados e respeito no trânsito, algo que nem sempre fica muito claro no momento da formação.
Espera-se que as campanhas dessa natureza, que se repetem a cada ano, levem os condutores a se interessar por uma formação complementar, uma espécie de aperfeiçoamento na arte de dirigir um veículo. Há diversos cursos destinados a proporcionar avanços na educação de trânsito. Com boa formação, o motorista vai certamente refletir e contribuir para que as estatísticas não sejam tão alarmantes. Um curso de direção defensiva, por exemplo, é capaz de proporcionar uma eficaz revisão daquilo que o motorista aprendeu quando buscou a primeira habilitação.
Que seja bem-vinda mais uma Semana Nacional de Trânsito. E este ano com um tema dos mais apropriados: “No trânsito, o sentido é a vida”. Nada mais simples e direto. É preciso dar preferência à vida. Por isso, a Semana Nacional de Trânsito é uma excepcional oportunidade para que todos participem do esforço destinado a reduzir o número de acidentes de trânsito em nosso País.

Francisco Maurício Bieniacheski é consultor de trânsito do IBACBRASIL-Cursos de Trânsito