Uma autópsia encomendada pela família de George Floyd concluiu ontem que ele morreu por “asfixia”, após ter o pescoço prensado pelo joelho de um policial em Minneapolis, nos EUA. O laudo contradiz a primeira necropsia, que não encontrou vestígios de estrangulamento e apontou a causa da morte como uma combinação de fatores, incluindo doenças preexistentes, como hipertensão e problemas cardíacos.

A nova autopsia foi assinada pelos médicos Michael Baden e Allecia Wilson. Os dois também dizem que Floyd morreu no local, e não no hospital como afirmaram as autoridades. “Para George Floyd, a ambulância foi apenas um carro fúnebre”, dizem os dois no documento.

“O que descobrimos é consistente com aquilo que as pessoas viram”, escreveram os médicos. “Não há nenhuma outra condição de saúde que tenha contribuídos para a morte. A polícia tem a impressão errada de que, se você pode falar, então pode respirar. Isso não é verdade.”

No domingo, Benjamin Crump, advogado da família, voltou a mencionar o fato de o policial Derek Chauvin ter trabalhado como segurança ao lado de George Floyd na mesma boate El Nuevo Rodeo, em Minneapolis. Maya Santamaria, ex-proprietária do estabelecimento, já havia informado à polícia que os dois trabalhavam às quintas-feiras, dia de maior movimento.

Maya, que vendeu a boate há dois meses, no entanto, disse acreditar que os dois não se conhecessem. “Se Derek reconhecesse George Floyd, teria demonstrado mais compaixão”, afirmou em entrevista à Associated Press. De acordo com advogados, o fato é importante porque pode demonstrar premeditação do ex-policial, que poderia ser acusado de homicídio doloso – com intenção de matar. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.