SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A nova sede do Paço das Artes será inaugurada em meados de 2019 dentro de um casarão histórico localizado na esquina da avenida Higienópolis com a Rua Albuquerque Lins. O anúncio foi feito oficialmente nesta quinta-feira (20) pelo Secretário da Cultura do Estado, Romildo Campello, e pela diretora artística da instituição, Priscila Arantes.

O Casarão Nhonhô Magalhães, construído pelo barão do café Carlos Leôncio Magalhães na década de 1930, vai abrigar de maneira definitiva um espaço expositivo de 800 m² e salas administrativas para os funcionários do Paço. Trata-se de cerca de dois andares da mansão, que tem um total de cinco.

Além destes espaços, há também um anfiteatro que terá seu uso dividido pelo Paço e pelo shopping Pátio Higienópolis, proprietário da casa. 

Desde que foi expulso do Instituto Butantan, em 2016, o Paço das Artes ocupa provisoriamente uma área dentro do Museu da Imagem e do Som. A mudança de local trouxe uma perda significativa para a instituição: a área expositiva, que era de cerca de 1.000 m², passou a ser de 80, o que fez com que algumas mostras fossem realizadas em centros culturais parceiros.

O novo imóvel, colado ao centro de compras de Higienópolis pela saída da rua Albuquerque Lins, é tombado pelo Patrimônio Histórico e já teve boa parte de sua reforma concluída, desde que foi comprado pelo shopping, em 2006.

No entanto, “esta reforma [que inclui o espaço expositivo] não atende às questões museológicas”, diz Regina Ponte, coordenadora da Unidade de Preservação de Patrimônio Museológico, órgão vinculado à Secretaria da Cultura do Estado.

Do jeito que está hoje, a área, que funcionava como garagem da mansão,  é pouco flexível para receber mostras de arte: o teto é baixo e o local é excessivamente iluminado. 

Diante deste cenário, a Organização Social Associação do Paço das Artes Francisco Matarazzo Sobrinho, gestora do Paço, contratou o arquiteto Alvaro Razuk para uma nova reforma, que vai demolir e refazer o teto, além de adaptar o espaço para receber exposições e instalações. “A ideia é agregar à esta casa histórica a arte contemporânea”, completa Regina.

Além de exposições com foco em jovens artistas contemporâneos, o novo espaço terá cursos de histórias da arte e de curadoria.

A mostra inaugural será uma individual da artista gaúcha Regina Silveira, mas detalhes ainda não foram divulgados.