Já dá para dizer que 2017 foi o ano do #aceita. E a moda ajuda muito a derrubar os preconceitos que a sociedade impõe. Essa segunda década do século 21 veio para rachar de vez a hipocrisia. Ninguém tolera mais fazer de conta que é ou não alguma coisa, pelo menos os sensíveis e inteligentes. Os outros, a gente deleta porque nada muda a cabeça de quem não quer ver que o mundo é realmente um lugar onde todos devem ter os mesmos direitos e deveres. Well…

Escrevo esta coluna num 21 de dezembro de 2017. Chove muito aqui em Paris.

A loja Colette, um templo de consumo da cidade fechou as portas ontem (20). Motivos? A dona e fundadora, Colette Roussaux cansou. Mesmo seu empreendimento tendo status de ícone para uma sociedade fashionista de consumo, a ideia cansou. A filha, Sarah Andelman, que durante anos evitou a imprensa e parecia nunca ter tempo para um olhar nos olhos de quem passava por ela, finalmente sorriu.

Portas fechadas para que venham novos momentos, adaptados ao fato de que hoje quer-se coisas mais simples, mesmo que ainda caras. Busca-se as ruas (incansáveis) e diz-se talvez não a projetos muito pretensiosos. A gente quer poder colocar a cara a tapa com a mesma jaqueta que o vizinho do andar de cima usa! Queremos igualdade! Todos temos nosso lugar na órbita e a Colette ficou pequena para grandes pensamentos. Era esnobe e deixava a Sarah de cara amarrada, mesmo se ela tinha um mundo (oups, mundinho de artes e afins, não o macro-mundo) a seus pés. Well again!!!

Sobre peças: temos jaquetas perfecto para usar com saias, calças e até com minúsculos shortinhos onde possamos exibir nossas celulites. Aceita, amor! Vai ser um lindo 2018 com menos gente radical. Bisous.


Para os meninos – Pura meiguice na interpretação dos garotos com suas peças de couro preta. #VAIMALANDRA