Lives musicais têm ajudado instituições que atuam na área de saúde ou que assistem aqueles que estão em situação de vulnerabilidade em tempos do novo coronavírus.

Uma das instituições que têm recebido recursos das lives é o Hospital de Amor (antigo Hospital do Câncer), de Barretos, que, entre abril e maio, recebeu cerca de R$ 3 milhões arrecadados em apresentações online de nomes como Fernando & Sorocaba, Marcos & Belutti, Renato Teixeira e o especial Amigos, que reúne as duplas Chitãozinho & Xororó. Zezé di Camargo & Luciano e o cantor Leonardo. O valor supre parte do que era arrecadado com leilões e shows realizados em prol do hospital, que chegavam a somar R$ 8 milhões por mês – o déficit do hospital, que só atende pelo SUS, é de R$ 25 milhões mensais.

“Além das doações, que acontecem simultaneamente às lives, elas também têm atraído doadores ao longo dos dias, que assistem às apresentações que ficam disponíveis no YouTube. Isso tem sido muito importante para nós”, diz Larissa Mello, coordenadora de campanhas do Hospital do Amor, que explica que essas doações posteriores ajudaram a dar um impulso em outra iniciativa, a Parceiros pela Vida. “Nos relacionamos com os doadores das lives e dobramos as contribuições dessa campanha que nos ajuda a manter os atendimentos oncológicos”, conta. O valor saltou de R$ 1 milhão para R$ 2,3 milhões em tempos de pandemia.

A Cufa – Central Única das Favelas -, que tem como carro-chefe a iniciativa Mães da Favela no amparo a mães solteiras ou chefe de famílias em comunidades de todo o Brasil, também aparece entre as preferidas dos artistas. A live da cantora Marília Mendonça, no dia 8 de abril, arrecadou mais de R$ 400 mil, além de doações de alimentos e produtos de higiene e limpeza, que foram distribuídas entre instituições de todo o País, como o Hospital Araújo Jorge, em Goiânia, e Cufas de Salvador e do Rio.

Fora do universo sertanejo, um dos campeões de arrecadação foi o rapper paulistano Emicida, que, no dia 10 de maio, fez uma live de oito horas. A apresentação gerou uma arrecadação de mais de R$ 400 mil, feita por meio de um QR Code na tela. O Pic Pay, o patrocinador, dobrou o valor, que foi destinado ao projeto Mães da Favela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.