Divulgação – No palco

A sessão de Modaterapia de hoje não é para falar de tendências nem de truques de styling. Mas de mulheres reais. Sempre digo por aqui que cada uma de nós precisa reconhecer-se bela, vestir-se como tem vontade, fazer o que der na telha, porque isso, minhas caras, é um jeito de exercitar-se cidadã, pessoa que tem direito à voz, a gostos, a desistir do que quiser e recomeçar quando e como tiver vontade. Essa prática requer coragem.

E para servir de inspiração, não havia como não falar de Marília Mendonça, uma mulher jovem que arrebatou multidões e, quer se goste ou não da sua arte ou do gênero musical que representava, falou diretamente com as mulheres. Senão pela música, por suas entrevistas, pelo jeito de se vestir ou, agora, depois de sua partida, quando tanta gente diferente busca e encontra sentido na sua fala. O “feminejo” cresceu, apareceu e se espalhou entre mulheres de diferentes idades, corpos, classes sociais e orientações. Para todas, passou a fazer sentido a representatividade conquistada a laço e a falsetes pela loira.

Me poupem os que ainda tentam desqualificá-la pelas belas curvas ou pelo estilo popular. O seu valor morava na empatia. E é isso que precisamos ter umas pelas outras. Uns pelos outros. Respeito às diferenças e às belezas. Falar de roupa, simplesmente, é pouco nessa hora. A gente quer mais. E a gente pode mais. Moda é instrumento para ser usado sem moderação.

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O estilo de Marília Mendonça mudou com o tempo. No começo, cobria-se mais de cores e informações

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Depois, adotou um estilo mais clean e sexy

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Chegou a lançar moda, como o scarpin em couro com aplicação de cristais e fecho no tornozelo da Mach & Mach

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O estilo romântico era revisitado sempre por Marília Mendonça