SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um atirador palestino matou dois soldados israelenses em um ponto de ônibus na Cisjordânia nesta quinta-feira (13), horas depois que forças israelenses mataram dois membros do Hamas acusados por ataques anteriores contra alvos de Israel.

O porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus, disse que o atirador havia saído de um carro próximo ao assentamento judaico de Ofra e abriu fogo contra civis e militares. Um terceiro soldado israelense ficou ferido.

O ataque ocorreu próximo ao local onde atiradores a bordo de um carro feriram sete israelenses no domingo (9), entre elas uma mulher grávida. Ela teve um parto prematuro, e o bebê morreu.

Em buscas durante a madrugada na Cisjordânia, Israel disse que seus comandos mataram o palestino responsável pelo ataque de domingo e outro palestino acusado de ataque em 7 de outubro em que dois civis foram mortos.

Em dois outros incidentes na quinta, a polícia disse que um palestino esfaqueou e feriu dois policiais israelenses em Jerusalém Oriental antes de ser morto, enquanto o Exército afirmou que um motorista palestino realizou ataque na Cisjordânia contra soldados israelenses, ferindo um deles. As forças israelenses responderam, e o motorista foi morto.

O veículo do ataque desta quinta fugiu em direção a Ramallah, disse Conricus, e em reação os postos de passagem para a cidade da Cisjordânia foram fechados.

O premiê Binyamin Netanyahu adotou uma série de medidas de segurança na Cisjordânia em resposta aos incidentes, entre elas a demolição dentro de 48 horas das casas dos palestinos acusados pelas agressões, o aumento das detenções de militantes do Hamas e o aumento da presença de forças israelenses na região.

Netanyahu anunciou ainda a legalização de milhares de casas em assentamentos judaicos na Cisjordânia.

“Vamos acertar as contas com quem quer tenha feito isso”, afirmou. “Nosso princípio é o de que quem nos machuca ou tenta nos machucar deve ser responsabilizado.”

Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelos ataques. Mas Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas baseado em Gaza, disse que foram “uma operação heroica e corajosa”.

O governo da Autoridade Nacional Palestina, de Mahmoud Abbas, condenou a violência.