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Três novos (e fofíssimos) moradores estão se preparando para reforçar o time do Zoológico de Curitiba, no Alto Boqueirão. Os cachorros-do-mato Faísca, Fumaça e Fuligem têm aproximadamente quatro meses e vieram de Bandeirantes, no Norte do Paraná, destinados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), após perderem sua mãe.

“Hoje eles estão no setor técnico do Passeio Público, recebendo suplementação de vitaminas, alimentação adequada para a espécie e a imunização necessária, conforme cronograma”, conta a chefe de fauna do Zoo de Curitiba, Nancy Banevicius.

Eles chegaram na segunda quinzena de outubro, já receberam tratamento profilático e vão iniciar o protocolo das vacinas. Quando estiverem imunizados, serão transferidos para um recinto só deles no Zoológico. Se tudo correr conforme o esperado, isso deve acontecer no início do primeiro semestre de 2020.

“Em exposição, além de receber os cuidados da nossa equipe em um ambiente seguro, nos ajudarão na Educação Ambiental para a conservação da espécie”, reforça Nancy.

Enquanto os animais se fortalecem, a nova casa vai sendo pensada e preparada. A ideia é que eles tenham um local de bem-estar, com estímulos para desenvolver instinto e comportamento natos.

Escolha

Instituição da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o Zoo de Curitiba foi escolhido por ter espaço físico e equipe capacitada para o tratamento dos animais, que já não têm condições de viver sozinhos na natureza. “Eles ficaram órfãos quando a mãe foi abatida, provavelmente pelos cães domésticos da fazenda onde nasceram, no Norte do Estado”, relata Nancy.

Os filhotes receberam cuidados por parte do dono da fazenda, que os encaminhou para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e, em seguida, para o IAP.

Segundo o Departamento de Fauna do IAP, empreendimentos como o Zoológico de Curitiba são extremamente importantes para a destinação da fauna silvestre vitimada. As causas geralmente envolvem o tráfico de animais silvestres, o desmatamento, a perda de habitat, atropelamentos e até mesmo o ataque de animais domésticos, como no caso dos filhotes de cachorro-do-mato.

Não é a primeira vez que o Zoo de Curitiba é destino de animais órfãos. Já foram abrigados por lá lontras, papagaios, corujas, entre outros.