FELIPE BÄCHTOLD
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes prestou depoimento ao juiz federal Marcelo Bretas nesta quinta em um dos processos da Lava Jato fluminense e negou ter conhecimento de pagamento de propina em obras do município em seu período de governo.
Ele foi convocado como testemunha de defesa de seu à época secretário de Obras, Alexandre Pinto, que está detido por ordem de Bretas sob suspeita de corrupção.
Questionado se sabia de contribuição de campanha em troca de obras, Paes falou: “O secretário de Obras era um servidor da prefeitura sem nenhuma relação com política justamente por isso”.
“Quem licita, quem paga, quem é ordenador de despesas decide sobre choro de empreiteiro e de quem está prestando serviço. Era justamente um técnico por isso.”
Paes, que está deixando o MDB e cogita concorrer ao governo do Rio, disse que de forma alguma houve contrapartida e que cabia aos órgãos de fiscalização fazer o controle das obras.
Ele disse que havia uma lupa sobre os projetos, em referência à fiscalização. “Não uma lupa minha porque eu não entendo de obra. Eu não sei fazer as quatro operações”, declarou o ex-prefeito.