A finalização dos processos de cadastramento de novos pretendentes à adoção de crianças e adolescentes no Paraná está sendo prejudicada pela necessária instituição do sistema de trabalho remoto nos órgãos de Justiça, adotado em todo o Brasil como medida preventiva à contaminação pela Covid-19.

O mesmo está ocorrendo com as inscrições de quem deseja participar dos projetos de apadrinhamento afetivo (quando a pessoa orienta os estudos e passa fins de semana, feriados, datas festivas e férias com meninos e meninas que estão em instituições de acolhimento, sem configurar interesse em adoção).

Segundo o promotor de Justiça David Kerber de Aguiar, que atua em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, o entrave ocorre no momento de se fazer o diagnóstico social e a avaliação psicológica dos pretendentes, etapas realizadas pessoalmente pela equipe técnica do Juizado da Infância e da Adolescência, com entrevistas e visitas à casa dos interessados.

A promotora de Justiça Luciana Linero, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Criança e do Adolescente diz que com mais de 60 dias de suspensão do trabalho presencial, ela entende que é preciso adotar novos meios.