Faltando apenas quatro dias para o fim da campanha nacional de vacinação contra sarampo e poliomielite, 174 mil crianças com idade entre 12 meses e 4 anos ainda não foram levadas por seus pais ou responsáveis para serem vacinados no Paraná. O alerta é da Secretaria de Estado da Saúde.
Até agora, 406.891 doses de vacina contra a pólio foram aplicadas em todo o Estado, o que corresponde a 70% do total previsto. No caso da vacina tríplice, que protege contra o sarampo, 404.066 crianças foram vacinadas, 69,5% do total. A meta é vacinar pelo menos 95% das 581 mil crianças dessa faixa etária.
O secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi, explica que os municípios que ainda não atingiram a meta de cobertura vacinal podem fazer mais um Dia D no próximo sábado (1ª de setembro). A ideia é oferecer mais um dia para que os pais e responsáveis possam levar seus filhos aos postos de vacinação e imunizá-los.
Ele lembra que tanto a pólio (paralisia infantil) quanto o sarampo são doença graves, que podem levar à morte. Ele lembra que no Brasil a vacinação sistemática da população foi primordial para que os casos de poliomielite fossem controlados. Desde a década de 90 não há registro de pólio no Brasil.
“Mas isso pode mudar. O vírus está circulando no mundo e se os pais e responsáveis deixarem de vacinar, nossas crianças podem ficar doentes. Isso não pode acontecer. Quem ainda não vacinou seus filhos, precisa procurar os postos de vacinação”, alerta Nardi.
SARAMPO – No caso do sarampo, o Paraná não tem casos da doença desde o ano 2000. Mas em todo o país já são mais de 1.400 registros e 7 mortes causadas pela doença. Neste ano, oito estados já confirmaram casos. Na Europa, o avanço do sarampo também preocupa. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que mais 41 mil crianças e adultos do continente europeu foram infectados pela doença no primeiro semestre de 2018. Desse total, 37 morreram.
Como a única forma de prevenção do sarampo é a vacinação, quanto maior a cobertura vacinal menor o risco de a doença ressurgir. O problema é que nos últimos anos a procura pelas vacinas tem diminuído, o que aumenta a suscetibilidade à doença.
“Uma mãe ou um pai nunca colocaria a vida de um filho em risco. Mas quem não vacina está fazendo isso, mesmo sem ter consciência. Vacinar é um ato de amor, de proteção, de amparo às nossas crianças”, ressalta o secretário da Saúde.
COBERTURA – Entre as 22 Regionais de Saúde do Paraná, a com melhor desempenho na campanha de vacinação contra sarampo e pólio até agora é a 11ª Regional – Campo Mourão, com mais de 90% das crianças dos municípios que compõem a regional vacinada. Já a 1ª Regional de Saúde – Paranaguá, é que menos vacinou, tendo aplicado apenas 49% das doses previstas. Na 2ª Regional de Saúde, que abrange a Região Metropolitana de Curitiba, e que conta a maior população a ser vacinada, 55% das crianças foi imunizada contra sarampo e 56% contra pólio.