Wilson Dias/Agência Brasil – Segundo MP

Levantamento divulgado hoje pelo Ministério Público estadual aponta que 113 unidades prisionais do Paraná são alvo de ações civis públicas ajuizadas pelo órgão cobrando providências para resolver problemas graves, a maior parte envolvendo carceragens de delegacias. Desse total, 36 já se encontram total (29) ou parcialmente (07) interditadas.

O levantamento dos números, coletados até o início deste mês, faz parte de uma etapa do projeto do Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (Gaesp) do MP e integra conteúdo disponibilizado para consulta pública em página do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça (Caop) Criminais, do Júri e de Execuções Penais.

Ainda segundo o levantamento, mais da metade dos procedimentos referem-se a situações envolvendo cenários caóticos em carceragens de delegacias de polícia que, nos últimos anos, fizeram com que o Ministério Público passasse a buscar uma atuação planejada para a política pública dessa área.

Segundo dados da Polícia Civil e do Departamento Penitenciário do Estado (Depen), no segundo semestre de 2016, havia cerca de 10 mil presos em carceragens de delegacias para pouco mais de 4 mil vagas, com uma taxa de ocupação que superava três dígitos, em percentuais, em vários locais do Estado.

Dados atualizados demonstram que atualmente seriam cerca de 6 mil presos em delegacias, num universo de 5 mil vagas, com um déficit de 15%. Apesar do contexto de gradativa melhora, falta de vagas, cadeias superlotadas e em condições precárias, presos mantidos irregularmente em carceragens de delegacias ainda fazem parte da realidade cotidiana no cenário da segurança público no Estado.

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