O Paraná é o terceiro estado com o maior número de consórcios ativos no Brasil, com 507,3 mil consorciados. Entre 2009 e 2016, o sistema registrou um crescimento de 42,5% e chegou ao ano passado com um total de 6,95 milhões de cotas em todo o país. São Paulo responde por 22,8% do total de cotas, e Minas Gerais, por 9,3%. Em seguida aparecem Paraná (7,3%), Bahia (6,9%) e Rio Grande do Sul (6%). Esses cinco estados respondem por 50,2% de cotas ativas no país.
Os dados estão no levantamento Panorama do Sistema de Consórcio, divulgado pelo Banco Central do Brasil nesta semana. Segundo o estudo, o segmento de automóveis ainda lidera com folga e responde por 48,5% do total de cotas ativas (3,37 milhões) no país. Os consórcios para a aquisição de motocicletas são 35,1% do total (2,24 milhões), e o de imóveis, 11,4% (798,6 mil). Outros segmentos representam 5% das cotas ativas nacionais (344,8 mil) e envolvem a aquisição de caminhões, caminhões-tratores, equipamentos agrícolas, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis.
A expectativa do setor, com a divulgação de melhoras na economia (queda da taxa de desemprego e expansão da produção industrial, entre outros), são de que os resultados positivos devem continuar no segundo semestre. As pessoas estabelecem mais planos de aquisição ou troca de casa, carro e outros bens durante o segundo semestre. E, cada vez mais, o brasileiro tem efetuado seu planejamento financeiro, destaca Rogério Pereira, diretor comercial do Embracon. Além disso, o consórcio é um método de viabilizar esses objetivos de forma planejada, flexível, segura e acessível para boa parte da população.
Um indicador são os índices de inadimplência e de pré-inadimplência, que caíram, de acordo com o Banco Central. O de inadimplência ficou em 3,62% (queda de 0,12 pontos percentuais) e o de pré-inadimplência ficou em 4,87% (queda de 0,23.

Crescimento das vendas em comparação a 2016 confirma retomada do setor
A retomada do setor é confirmada pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). Segundo a entidade, em julho deste ano foi batido o recorde de comercialização em 2017. O sistema alcançou 202,5 mil novas cotas. As adesões acumuladas de janeiro a julho superaram 1,3 milhão unidades, com 8,8% de alta sobre as 1,2 milhão contabilizadas no mesmo período do ano passado. A categoria veículos leves foi a que registrou o maior volume de vendas, com 97,5 mil cotas, seguidas de imóveis (27 mil), veículos pesados (5,5 mil) e eletroeletrônicos (1,85 mil).
No ano passado, o setor de consórcios teve uma retração de 3,1%, principalmente no segmento de motocicletas; o de bens imóveis teve uma pequena queda e os demais apresentaram crescimento. Um total de 2,28 milhões de cotas foi comercializado em 2016, redução de 3,3% em relação ao ano anterior.
Em dezembro do ano passado, o número de cotas de consorciados excluídos (por desistência ou por não cumprirem as obrigações contratuais) chegou a 7 milhões, alta de 2,6% na comparação com dezembro de 2015. Ou seja, 50,2% do total de cotas era de consorciados excluídos. Em dezembro do ano anterior, o percentual era de 48,8%. Os compradores de carros e motos lideram os números de excluídos, com 2,73 milhões e 2,72 milhões de consorciados, respectivamente. No segmento de bens imóveis, o número de excluídos era de 1,36 milhão em dezembro do ano passado. O Brasil tem 165 administradoras de consórcios e 18,5 mil grupos de consórcios.