A greve geral dos motoristas de caminhões autônomos atingiu pelo menos 19 estados mais o Distrito Federal com manifestações ou bloqueios de rodovias federais, segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no final da tarde de ontem. No Paraná, foram 23 pontos com protestos, mas sem bloqueios totais de pista. Em alguns locais aconteceram bloqueios parciais, como na BR-277, na região da Paranaguá. Apesar do bloqueio apenas de uma faixa da rodovia, houve lentidão durante quase todo o dia no trecho.
No País, a PRF contou 124 pontos de manifestações e alguns estados com bloqueio total de pista. Já para a Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), houve 127 bloqueios totais ou parciais. O presidente da CNTA, Diumar Bueno, disse que a mobilização deve prosseguir por tempo indeterminado. “Vamos continuar até que o governo nos atenda”, afirmou. O Estado com mais pontos de manifestações foi no Paraná, seguido do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
O movimento dos caminhoneiros exige que o preço do diesel, o principal gasto do trabalhador na área, baixe com a extinção de impostos e taxas. Mas, ontem mesmo foi anunciado novo aumento que começa a vigorar a partir de hoje nas refinarias. O diesel vai subir 0,97%.
“Mesmo com a mobilização marcada, o governo anunciou outro aumento. Há correção quase diária, que dificulta a previsão de custos por parte do transportador”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes. A mobilização dos caminhoneiros é liderada pema CNTA e pela Abcam, que representam 120 sindicatos.
