Apesar da diminuição do número de casos nos últimos anos no Paraná, somente em 2021 foram mais de 410 novos diagnósticos de hanseníase. Dados parciais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que desde o início deste ano 87 pessoas foram diagnosticadas com a doença. O Brasil está em primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase e em segundo lugar em número absoluto de casos, atrás apenas da Índia (que tem mais de 1,3 bilhão de habitantes).

“A hanseníase é uma doença milenar. Se considerarmos que já temos tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), que é de fácil detecção, e com profissionais capacitados para os atendimentos, ainda temos um número alto e é isso que queremos interromper e detectar precocemente, evitando a transmissão”, alertou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

Ontem, profissionais da Atenção Primária, Vigilância Epidemiológica, da Promoção da Saúde e do Laboratório Central do Estado (Lacen), gestores municipais da saúde e diretores de Regional de Saúde se reuniram para traçar metas e estratégias de eliminação da hanseníase no Estado. Esta foi a 1ª reunião do grupo para organizar a participação do Estado no Projeto Sasakawa, do Ministério da Saúde.