Foto: Divulgação/Agência de Notícias do Paraná – Cida Borghetti em cerimu00f4nia de posse do governo do Paranu00e1.

Cida Borghetti, 53 anos, que foi duas vezes deputada e atuou também na Câmara Federal, tornou-se nesta sexta-feira (06) a primeira mulher a ocupar o cargo de governadora do Paraná. Formada em Administração Pública, ela passa a comandar um estado com 11 milhões de habitantes, 399 municípios e que movimenta um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 415,7 bilhões.

“Me sinto honrada. Estou bem consciente das expectativas que acompanham essa missão”, afirmou ela na solenidade de posse, no Palácio Iguaçu, em Curitiba. No Brasil, apenas outras dez mulheres ocuparam cargos de governadoras do Estado. No Paraná, antes de Cida, Emília Belinati ocupou o cargo, mas interinamente.

Já no momento da posse, Cida anunciou duas mulheres para ocupar cargos no seu governo. A coronel Audilene Rosa de Paula Dias Rocha, que já ocupava de forma pioneira a função de chefe do estado- maior da Polícia Militar do Paraná, se torna agora a primeira mulher no Comando-Geral da corporação. A chefia de gabinete do Governo do Estado passa a ser ocupada por Lucilia Dias, que exercia essa mesma função na vice-governadoria.

MAIORIA NO ESTADO – No Paraná, a participação feminina vem aumentando na administração pública. Hoje, as mulheres representam 59,13% do número total de servidores estaduais, sendo a secretaria de Educação a pasta que abriga a maior parcela: dos 83 mil servidores, 79,52% são mulheres. A segurança é ainda a área com menos mulheres no quadro, são 4.975 servidoras.

Já há mulheres ocupando cargos até então dominados por homens. Além da coronel Adilene, a policial civil Bruna Roberta Mayer, 33 anos é a primeira mulher operadora aerotática e membro do Grupamento de Operações (GOA) da Polícia Civil, grupo de elite da divisão estadual de narcóticos. Desde a criação, em 2016, tinha apenas homens na equipe.

Para a coordenadora da Política da Mulher da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social Ana Claudia Cordeiro, exemplos como o de Bruna e da coronel Audilene motivam outras mulheres a seguirem o mesmo caminho. “Demonstram que atributos como o preparo técnico, a dedicação e o conhecimento determinam o sucesso profissional, não limitando esse resultado a uma questão de gênero”, afirmou.