SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os segurados que pedem a aposentadoria por idade no INSS não precisam mais marcar o atendimento em uma agência da Previdência. A concessão automática começou em 21 de maio deste ano, mas, na prática, não quer dizer que os segurados estejam recebendo o benefício mais rapidamente.

Um maneira de aumentar as chances de uma concessão realmente automática é dar atenção ao Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais), principal documento dos segurados na Previdência. Se ele não tiver todas as contribuições necessárias, a concessão trava.

Para ter a aposentadoria por idade, a maioria dos segurados precisa ter 15 anos de contribuição. Além disso, é necessário que atinjam as idades de 60 (mulheres) e 65 anos (homens).

A falta de tempo de contribuição é um dos principais motivos que levam o INSS a barrar a concessão do benefício. Isso ocorre porque, em geral, o segurado julga ter o tempo total registrado no Cnis, mas pode ser que algum patrão não tenha informado corretamente os dados ao INSS.

Outros erros mais simples, como um sobrenome trocado ou a data de admissão diferente da carteira de trabalho, também podem levar o sistema de análise de direito a não reconhecer o período. Essas falhas exigirão do segurado a iniciativa de pedir a correção do cadastro.

No caso dos autônomos, que fazem os próprios recolhimentos à Previdência, usar o código errado no carnê também interfere nos dados registrados no Cnis e poderão atrasar o reconhecimento da aposentadoria.

ALTA NOS PEDIDOS

Dados publicados pelo jornal Agora São Paulo no sábado (8) mostram que os benefícios por idade saíam mais rápido no ano passado, quando ainda não havia a concessão automática, do que agora, após a modernização no sistema.

A espera média por uma resposta subiu de 72 dias, em outubro de 2017, para 88 dias, no mesmo mês deste ano. Segundo o INSS, o número de pedidos de aposentadoria também subiu e isso contribuiu para o aumento na espera pela concessão.