A Prefeitura de Curitiba lança, hoje, às 9 horas, a campanha Abuso Sexual Infantil: Esse Mal não Pode Crescer. Ontem, uma operação nacional combateu a pedofilia em 25 estados e no distrito Federal. A campanha “Não engula o choro”, da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social do Paraná, lançada neste mês, ganhou projeção nacional. A campanha aborda a violência contra crianças e adolescentes. Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. 
Todas essas campanhas e operações visam o combate à violência e abusos contra a infância e a juventude, que inclui a pedofilia, a violência, o abuso e a exploração sexuais. Mas, existem diferenças entre elas. “Muitos pedófilos não são abusadores. A coisa fica no campo da imaginação. Nesse caso, ainda que não tenha consciência disso, o pedófilo pratica o crime ao consumir o material em um ambiente virtual. Isso porque nesse material há alguma criança sendo abusada”, diz a delegada Valéria Martirena, que de 2011 a 2015 chefiou a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente do Distrito Federal.
‘Esse mal não pode crescer’
A campanha que a Prefeitura lança hoje no Salão de Atos do Parque Barigui é uma ação do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em Curitiba, a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência registrou 543 casos de violência sexual contra esse público, em 2017.

Entenda a diferença
Violência Sexual
A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos direitos sexuais porque abusa e/ou explora do corpo e da sexualidade de garotas e garotos. Ela pode ocorrer de duas formas: abuso sexual e exploração sexual (turismo sexual, pornografia, tráfico e prostituição)

Abuso sexual
Nem todo pedófilo é abusador, nem todo abusador é pedófilo. Abusador é quem comete a violência sexual, independentemente de qualquer transtorno de personalidade, se aproveitando da relação familiar (pais, padrastos, primos, etc.), de proximidade social (vizinhos, professores, religiosos etc.), ou da vantagem etária e econômica

Exploração sexual
É a forma de crime sexual contra crianças e adolescentes conseguido por meio de pagamento ou troca. A exploração sexual pode envolver, além do próprio agressor, o aliciador, intermediário que se beneficia comercialmente do abuso. A exploração sexual pode acontecer de quatro formas: em redes de prostituição, de tráfico de pessoas, pornografia e turismo sexual

Estupro
É importante diferenciar exploração sexual de estupro de vulneráveis. No primeiro caso, há uma relação comercial. Já o segundo caso envolve crianças com idade inferior a 14 anos. Qualquer ato de libidinagem contra essa criança configura estupro de vulneráveis. Além disso, nenhuma criança se prostitui. Ela é explorada sexualmente

Fonte: Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes
‘Esse mal não pode crescer’