Franklin de Freitas – Acidente matou quatro mulheres

Uma perícia no veículo da Polícia Militar envolvido no acidente do dia 31 de julho, na Linha Verde, e que matou quatro mulheres, deve definir o inquérito da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), se o acidente que provocou as mortes foi culposo (sem intenção) ou doloso (onde se corre o risco). Segundo o delegado da Dedetran, Vinicius Carvalho, por enquanto o caso é tratado como culposo, mas a perícia pode definir a velocidade da viatura  no momento do acidente, o que pode mudar o grau no inquérito.
O delegado também afirmou, ontem, que os policiais que vinham na viatura mentiram sobre estarem em atendimento a uma ocorrência. Informações da PM contradizem o depoimento dos policiais. Testemunhas também disseram que a viatura vinha sem sirene ou giroflex ligados.
O 20º Batalhão da PM esclarece que ainda não recebeu oficialmente as informações dos autos da Dedetran, e só poderá tomar medidas técnicas, jurídicas e administrativas cabíveis, bem como se pronunciar, após o recebimento deste processo e da conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) que ocorre internamente (paralelo ao criminal).
No dia 31 de julho, o carro da polícia seguia pela canaleta da Linha Verde, sentido Atuba, próximo ao viaduto da Avenida Comendador Franco, no bairro Jardim Botânico, quando o motorista perdeu o controle da direção e acertou quatro vítimas, que estavam em um ponto de ônibus. Após atropelar as pessoas, a viatura cruzou a pista e acertou dois carros que trafegavam no sentido contrário. Para a polícia, o motorista do veículo policial disse que perdeu o controle da direção ao tentar desviar de um pedestre.
Quatro mulheres morreram: as operadoras de telemarketing Fabiana Maria da Silva, de 29 anos, e Franciele Aparecida dos Santos, de 33 anos; a comerciante Vergínia Gouvea Enes, de 67 anos, e a atendente Elizandra Maltezo Araújo Lustoza, de 32 anos.