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O estudo anual sobre práticas e expectativas dos industriais paranaenses revela que 81% dos empresários estão otimistas para 2019. Este é o melhor resultado desde 2013, quando a pesquisa revelou que 84% deles acreditavam num bom ano para a economia em 2014. O percentual é mais positivo que o do ano passado, que foi de 63,57%. Desde 1996, o pior ano em relação ao otimismo foi 2016, quando apenas 33% dos industriais mostraram boas expectativas em relação ao próximo ano.
 
Participaram da pesquisa cerca de 620 indústrias de todas as regiões do Paraná, e de todos os portes, sendo 425 delas com matriz no estado. No total, as empresas ouvidas são responsáveis pela geração de 75,7 mil empregos. A 23ª edição da Sondagem Industrial, pesquisa anual da Fiep, revela ainda que entre os otimistas, 37% preveem aumento de vendas, 36% confirmaram que farão investimentos e 27% que devem aumentar as contratações de trabalhadores no próximo ano. O estudo da Fiep também mostra que o percentual de industriais pessimistas é de 0,81%, o menor de toda a série desde 1996, e que 18% estão em dúvida de como será o cenário do próximo ano. Os índices são melhores do que os divulgados no ano anterior, quando os pessimistas somaram 5,78% e outros 30,65% não souberam opinar sobre como seria 2018 para sua empresa. Confira o estudo completo aqui!
“Os leves sinais de recuperação da economia ao longo de 2018 e, principalmente, a definição do quadro eleitoral trouxeram de volta o otimismo dos industriais”, afirma o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. “Esse novo cenário abre uma grande oportunidade para a realização de reformas que melhorem o ambiente de negócios no Brasil, e isso se reflete no aumento da confiança dos industriais, com boa parte deles inclusive prevendo novos investimentos para 2019”, acrescenta.

Estratégias das empresas
Para 2019, a prioridade do industrial será o foco no cliente. Esta foi a estratégia escolhida por 38% dos entrevistados. O desenvolvimento de negócios vem em segundo lugar, com 35%, e 20%, responderam que pretendem avançar em desenvolvimento e inovação de produtos. Outro item que chama a atenção é a intenção do industrial de contribuir para desenvolver e aumentar a satisfação do quadro de colaboradores como principal estratégia do ano, com 19,5%, e de 18,5%, respectivamente. “Durante a crise, pelas imensas dificuldades enfrentadas pela grande maioria das empresas, a prioridade dos industriais era manter vivos seus negócios. Agora, com um cenário mais favorável, eles voltam a se preocupar mais com o aprimoramento de seus negócios, e o investimento na satisfação e na qualificação dos colaboradores é um aspecto importante dessa estratégia”, diz Campagnolo.
Com relação aos investimentos, estão no topo da lista do empresário a aposta em produtividade e em melhoria em processos, ambas em 34% das opiniões divulgadas. Seguem ainda entre as prioridades o investimento em tecnologia, com 32%, e o aumento da capacidade produtiva, com 30%. Desenvolvimento de produtos vem logo em seguida, com 29%, e qualidade está em 27% das respostas.
Sobre 2018
Quando o industrial avalia o modo operacional deste ano, a conclusão é de que o principal fator que influenciou o aumento da produtividade foi um melhor gerenciamento de pessoal, apontado por 28% dos entrevistados. Já a modernização tecnológica e a melhor gestão das informações ficaram empatadas, ambas com 17% das escolhas dos empresários. Cerca de 25% dos entrevistados afirmaram não terem tido aumento de produtividade este ano.
Para se manter em dia com a inovação tecnológica, 21% dos industriais inovam por meio da gestão da propriedade industrial e intelectual. Cerca de 20% executam estratégias em modernização tecnológica, e 16% optam por fazer prospecção tecnológica e monitoramento.

Competitividade interna e externa
Para enfrentar a competitividade dentro do país, os industriais apontam que as maiores dificuldades são as altas cargas tributárias (46%) e os elevados encargos sociais (41%). Outros 30% atribuíram ao elevado custo financeiro a dificuldade de disputar espaço internamente. A burocracia, 24% das respostas, é o principal entrave na competição no mercado internacional, segundo os entrevistados. Também foram apontados como itens que impactam negativamente a competitividade externa a elevada carga tributária (23%) e o alto custo dos encargos sociais (20%).
O investimento em inovação é apontado por 20% dos respondentes como ferramenta para enfrentar a concorrência dos produtos importados e também para ganhar espaço no comércio internacional. E tanto com foco no mercado externo quanto interno, 38% respondeu que a melhor alternativa é um olhar para dentro da empresa, com enxugamento dos custos, assim como qualificação de pessoal, escolha de 29%, e lançamento de novos produtos, com 28%. O alto custo dos transportes, que ano passado foi a principal queixa dos entrevistados em relação à perda de competitividade, este ano ficou em quarto lugar, com 16% das respostas.

Sobre o estudo A Sondagem Industrial apresenta a opinião e a visão prospectiva, sempre para o ano seguinte, dos industriais paranaenses sobre aspectos estruturais e conjunturais relacionados com a atividade industrial e abrange seis áreas de interesse: Assuntos Internacionais; Produtividade; Competitividade; Estratégias de maior importância, de Venda e de Compra; Qualidade; Infraestrutura e Meio Ambiente.
Integra a geração de dados e informações primárias sobre a indústria paranaense junto com os Indicadores Industriais, as Pesquisas Céleres e os Índices de Confiança entre outros.