SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bolsa brasileira avançou nesta terça-feira (18) apesar da cautela no exterior com a reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e a forte queda nos papéis da Petrobras, reflexo de nova baixa nos preços do petróleo. O dólar também subiu.

O Ibovespa, principal índice acionário do país, ganhou 0,24%, a 86.610 pontos, abaixo do melhor resultado do dia, quando chegou a subir mais de 1%. O volume financeiro foi de R$ 12 bilhões.

Apesar da alta, o principal destaque o pregão foi a queda de mais de 3% das ações da Petrobras. A estatal sofreu com a queda nos preços do petróleo, que despencaram ao redor de 5% para a mínima em mais de um ano. O barril do brent, referência internacional para a matéria-prima, era cotado ao redor dos US$ 56.

Nesta terça-feira, voltou a crescer o temor de excedente global do produto à medida em que a economia global dá sinal de desaceleração ao mesmo tempo em que a produção se aproxima das máximas nos Estados Unidos, na Rússia e na Arábia Saudita.

As Bolsas americanas, que também chegaram a subir mais de 1% durante o pregão, desaceleraram ao final do dia, em meio à expectativa pela decisão do Fed sobre os juros americanos.

O mercado financeiro espera nova alta da taxa em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 2,25% a 2,50%;

“Por conta disso, o presidente Trump fez carga novamente sobre o Fed dizendo que deveriam olhar para a economia e não para os números”, escreveu Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais.

Já o dólar voltou a subir ante o real para acima de R$ 3,90. A moeda fechou cotada a R$ 3,902 (+0,20%). Apesar da expectativa pelo Fed, a maioria de uma cesta de 24 divisas emergentes ganhou força ante o dólar -15 delas se valorizaram.