Marcos Correa/PR

A Polícia Federal (PF) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso nova quebra de sigilo bancário no inquérito que investiga se o presidente Michel Temer (MDB) recebeu propina do setor portuário. 

Os investigaores querem ter acesso aos extratos bancários da empresa Eliland do Brasil, suspeita de ser usada como fachada para recebimento de propina pelo coronel João Baptista Lima, amiga pessoal de Temer desde os anos 1990 e suspeito de ser o captador de propina do emedebista.

O pedido da PF chegou ao Supremo no último dia 18 de julho, durante o recesso do Judiciário, e por isso só foi distribuído ao gabinete de Barroso na quarta-feira (1º de agosto). Anteriormente, o ministro já havia autorizado a quebra de sigilo bancário e fiscal do Presidente da República e de outras pessoas investigadas no caso.

As suspeitas sobre a Eliland, contudo, só surgiram após a Operação Skala, deflagrada em 29 de março, após documentos apreendidos mostrarem que um contador da Argeplan, empresa do Coronel Lima, era gerente da Eliland. A PF suspeita que a Rodrimar, concessionária do porto de Santos, fez pagamento de propina a essa empresa por meio de um contrato de fachada, cujo objetivo seria repassar propina ao emedebisca em troca de benefícios no setor portuário.