Reprodução – Passaporte falso do suspeito

A Polícia Federal prendeu, nesta sexta (21), em Foz do Iguaçu, o libanês Assad Ahmad Barakat. Ele é acusado de ser o operador financeiro do grupo terroista Hezbollah  na Tríplice Fronteira. A prisão foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).  Barakat tem cidadania paraguai e é apontado como terrorista pelo Departamanto de Tesouro dos Estados Unidos.

A PF afirmou ainda que o libanês comandava um grupo que usava cassinos argentinos para lavar dinheiro. Investigações da Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina revelam que membros do "Clã Barakat" compraram prêmios de US$ 10 milhões sem declarar os valores em um cassino de Puerto Iguazú, na Argentina, também na fronteira.

Em 2002, o comerciante libanês foi preso em Foz do Iguaçu após autorização do STF e no ano seguinte expulso para o Paraguai. Em Assunção, cumpriu pena de seis anos por envolvimento em delitos relacionados à apologia ao crime, evasão de divisas e falsificação de marcas de produtos. Quando foi solto, em 2008, voltou a morar na fronteira. Ele continuou vivendo no Brasil e mantendo negócios no Paraguai, na Argentina e no Chile.

  A prisão do acusado ganhou repercussão nos Estados Unidos, no Paraguai e na Argentina. Alguns veículos da imprensa norte-americana cogitam que o governo estadunidense pode solicitar a extradição dele, mas a PF ainda não tem informações sobre isso.