A Fórmula 1 volta a cidade de Ímola, na Itália, neste sábado, após uma lacuna de 14 anos sem receber os carros da competição. A tradicional corrida, no palco do trágico acidente que tirou a vida do piloto brasileiro, Ayrton Senna, tricampeão mundial da categoria, em 1994, no entanto, não será mais batizado de GP de San Marino. Agora, ele passa a ser chamado de GP de Emília Romagna, em referência à região em solo italiano em que está localizada.

A presença da F-1 em Ímola, a princípio, estava fora dos planos da Fórmula 1. A prova foi remanejada para a cidade em decorrência da pandemia do novo coronavírus, responsável por cancelar uma série de etapas da competição. O fim de semana, contudo, será diferente.

As duas sessões de treinos livres, que tradicionalmente acontecem às sextas-feiras, não foram realizadas. Em vez das tradicionais quatro horas de preparação em pista, os competidores terão 1 hora e 30 minutos de treino, que acontece neste sábado. O tempo de deslocamento dos pilotos e suas equipes, de Portimão, em Portugal, para Ímola, na Itália, foi o responsável pela mudança.

A F-1 aproveita essa intercorrência para fazer um teste. A entidade pretende, no futuro, reduzir o tempo de evento dos GPs, como acontecerá neste fim de semana, para acrescentar mais provas em seu calendário. E esse é um formato que agrada.

O GP de Emília Romagna pode se tornar histórico para a Mercedes, equipe de Lewis Hamilton. A escuderia, que por conta da ausência da cidade de Ímola do circo da Fórmula 1 nos últimos anos faz apenas a sua primeira corrida na pista italiana, pode conquistar seu sétimo título consecutivo, algo jamais visto na história da categoria.

Para isso, precisa sair da pista com pelo menos 176 pontos a mais que a Red Bull. No momento, os carros de Lewis Hamilton e Valtteri Bottas têm vantagem de 209 pontos sobre os dois carros da Red Bull Racing (RBR) – 435 a 226.

Ou seja, mesmo que o holandês Max Verstappen e o tailandês Alexander Albon ocupem os dois primeiros lugares da prova, numa dobradinha, bastará para a Mercedes colocar um dos seus dois carros no quarto lugar para ficar com a taça.

Entre os pilotos, Hamilton também caminha para fazer história e ganhar mais um Mundial. Se o hexacampeão mundial vencer e fizer a volta mais rápida da corrida e se seu companheiro não pontuar na prova, ele ficará a um ponto do heptacampeonato, com quatro corridas ainda a serem disputadas.