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Dos 30 deputados federais paranaenses, dezoito votaram para manter o Conselho Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Justiça, comandado por Sérgio Moro, na votação da Câmara Federal na noite de quarta-feira. E seis votaram para devolver o órgão ao Ministério da Economia, o que acabou prevalecendo. “O Coaf mostrou sua eficiência no Ministério da Economia. Não é polícia”, disse o deputado Ricardo Barros (PP), um dos que votou para tirar o Coaf das mãos do ex-juiz da Lava Jato. Segundo o parlamentar, o órgão não pode servir para “fiscalizar apenas políticos, mas todos os contribuintes”.

Quem é quem
Votaram alinhados a Moro os deputados: Aliel Machado (PSB), Boca Aberta (Pros), Cristiane Yared (PL), Diego Garcia (Podemos), Evandro Roman (PSD), Felipe Francischini (PSL), Filipe Barros (PSL), Gustavo Fruet (PDT), Luciano Ducci (PSB), Luiz Nishimori (PL), Luizão Goulart (PRB), Paulo Martins (PSC), Pedro Lupion (DEM), Stephanes Jr. (PSD), Rubens Bueno (Cidadania), Sargento Fahur (PSD), Schiavinatto (PP) e Vermelho (PSD). Além de Barros, votaram contra a tese de Moro os deputados Enio Verri (PT), Gleisi Hoffman (PT), Hermes Parcianello (MDB), Sergio Souza (MDB) e Zeca Dirceu (PT).

Transmissões
A Câmara Municipal de Curitiba vai modernizar os equipamentos utilizados para transmitir as sessões plenárias, solenes, audiências públicas de prestação de contas e outros eventos realizados no Palácio Rio Branco. “Os equipamentos atuais encontram-se obsoletos, operando ainda no sistema analógico e apresentando falhas constantes, comprometendo o registro audiovisual das sessões plenárias e outros eventos”, diz a justificativa do pregão.

Telão
Segundo a direção da Casa, o novo sistema vai possibilitar melhoria da qualidade da imagem, transmissão ao vivo em mais de uma rede social e implantação de Libras (Língua Brasileira de Sinais), por exemplo. A aquisição de 40 itens, em quantidades variadas, não poderá custar mais de R$ 844 mil. Estão previstos: um videowall de alta definição para o plenário; atualização das câmeras automatizadas, que passarão a ser quatro; atualização de todos os softwares com teto; uma nova central de comutação de vídeo digital; e uma central de operação e processamento digital integrada ao sistema Bosch em uso.

Mordaça
O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania) classificou como uma demonstração de sensatez da Câmara a retirada da medida provisória da reforma administrativa (MP 870) de artigo que proibia auditores fiscais compartilharem indícios de crimes diretamente com o Ministério Público Federal (MPF), implantando uma espécie de “mordaça” na Receita Federal. A regra, que foi incluída no texto da MP pela comissão mista do Congresso, poderia atingir até operações passadas, como Lava Lato, Greenfield e Calicute.

Contrabando
“Uma ‘mordaça’ na Receita seria uma tragédia para operações de combate à corrupção. Alertei no plenário da Câmara sobre esse absurdo embutido na MP 870. Felizmente, o artigo foi retirado. Uma vitória do Brasil e dos que lutam pelo combate à corrupção. Nosso partido sempre foi contra esse ‘contrabando’ que haviam incluído na medida provisória”, afirmou Bueno. De acordo com Rubens Bueno, o “jabuti” colocado na MP poderia invalidar até aquilo que a Receita Federal já havia repassado ao MPF como prova de crime.