Existe uma brincadeira para os noivos prestes a subirem ao altar que diz: “Vão dividir a escova de dente”. 
Em contrapartida, outro ditado popular é o “Escova de dente não se empresta”. E a segunda frase realmente é a mais válida, já que os riscos envolvidos por causa de bactérias, vírus e fungos que podem se alojar na escova podem causar diversos problemas às pessoas.
O Dr. Alexandre Morita, cirurgião dentista e especialista em estética dental, ressalta que a escova de dente é o principal instrumento de higiene da boca. Isso porque ela remove a placa bacteriana por meio do atrito de suas cerdas nos dentes, gengiva e língua do indivíduo. 
“Existe um contato íntimo com as bactérias da boca, com fungos que possam existir na mucosa ou na língua, assim como alguns vírus. Se a pessoa apresentar doenças que são transmitidas pela saliva, como gripe, resfriado, hepatite, mononucleose e outras, pode ocorrer contaminação cruzada”, explica.
Nem mãe e filho
O especialista adverte que não existe exceção para essa regra, como mãe e filho, como alguns pensam. 
Os pequeninos não possuem a mesma resistência imunológica que um adulto e essa troca pode prejudicá-los. 
“Além da escova, outra maneira de prejudicar a criança é assoprar a comida para esfriá-la e depois dar  comida na boca do bebê. Com esse ato, micro gotas de saliva atingem o alimento”, salienta Morita.
A escova deve ser trocada de 3 em 3 meses, já que após esse período ela perde sua eficiência com a deformação das cerdas. 
Se a pessoa contrair uma gripe ou resfriado, a escova deve ser substituída imediatamente para evitar a reinfecção, independentemente do tempo de uso dela.
“Manter a escova dental limpa e em boas condições de uso é extremamente importante para a saúde. Qualquer dúvida em relação aos cuidados com a escova e a sua saúde bucal, procure um dentista”, finaliza 

 


Saiba como cuidar da sua escova de dente

    1.     Troque a escova regularmente
O indicado é comprar uma escova de dentes nova a cada 3 meses, mais especificamente, se as cerdas estiverem desgastadas antes desse tempo, é preciso trocá-la – cerdas detonadas não limpam com a mesma eficácia e as pessoas tendem a forçar a escova, o que prejudica ainda mais. O mesmo vale para escovas elétricas. Até depois de uma doença viral ou bacteriológica a escova pode apresentar perigo. As bactérias podem se alojar nas cerdas e causar a reinfecção.
    2.     Limpeza diária
Depois da escovação, limpe bem em água corrente e retire o excesso de água com uma pequena batida na escova. Depois borrife ou pingue antisséptico bucal, também vale deixar a parte das cerdas submersa no enxaguante bucal por uns 20 minutos.
    3.     Como guardar sua escova
Não deixe sua escova descoberta, use capinhas que protegem a cabeça da escova. Essa capinha também deve ser limpa diariamente, o mesmo procedimento de jogar antisséptico bucal é essencial. O enxaguante vai proteger sua escova entre as escovações.
    4.     Antes de escovar
Sempre lavar e enxaguar a escova antes do uso para retirar os resíduos do enxaguante bucal e dos micro-organismos que foram eliminados. Também lave as mãos com água e sabão. Aproveite e faça um bochecho rápido pra mandar embora algum resto de comida que pode ter ficado na boca.
    5.    Contato zero entre escovas
Jamais deixe sua escova em contato com outras, pois o toque cria uma ponte de bactérias de uma para a outra. Não adianta ignorar, escovas dentais são de uso pessoal e intransferível! A hora da escovação é uma faxina geral, imagina colocar uma vassoura completamente suja, que acabou de sair de outra limpeza, pra limpar sua casa.
    6.     Distância do vaso sanitário
Mantenha distância do vaso sanitário! Quando a descarga é acionada são lançados ao ar coliformes fecais que podem pousar na sua escova dental. É quase a mesma coisa que esfregar as cerdas na borda do vaso. Para não ter problemas, que tal fechar a tampa e manter sua escova protegida – com capinha na cabeça.
    7.     Design: Menos é Mais
Quanto menos curvas e cantos o design da sua escova tiver, melhor. Dá pra lavar sem deixar nenhum rastro de poeira ou espaço que facilitaria a proliferação de bactérias. O minimalismo nas curvas das escovas são muito bem vindos.
    8.     Fique atento aos sangramentos
O sangramento da gengiva é coisa séria. Mesmo que boa parte da população apresente quadro de gengivite, o sangue, mesmo que seja mínimo, se aloja nas cerdas. Isso facilita e entrada de bactérias na corrente sanguínea, afinal, ter gengivite significa que sua gengiva está machucada – e com as portas apertas para micro-organismos. Essas bactérias são responsáveis por doenças cardíacas. Visite um especialista!