RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Divisão de Homicídios da Polícia Civil afirmou, após perícia realizada na casa onde morreram nove homens no morro do Fallet, na região central do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (8), que os laudos vão ao encontro da versão apresentada pela Polícia Militar. 


A PM diz que 13 pessoas foram mortas em confronto com os agentes, enquanto moradores e familiares afirmam que eles foram assassinados mesmo após terem se rendido.


“A investigação está em andamento, mas os laudos são compatíveis com a versão apresentada. Isso aí é fato”, disse à reportagem Antônio Ricardo, diretor da Divisão de Homicídios.


Na quarta-feira (13), o governador Wilson Witzel (PSC) foi ao Twitter defender a versão da Polícia Militar. “Foi uma ação legítima da polícia para combater narcoterroristas que colocam em risco a vida da nossa população”, escreveu.


Um dia antes, na terça (12), a Defensoria Pública se reuniu com moradores na comunidade para escutar sua versão. O ouvidor Pedro Strozenberg disse, na ocasião, que os depoimentos foram bastante contundentes quanto à ocorrência de mutilações nos corpos, que devem ser apuradas. 


Neste encontro, acompanhado pela imprensa, familiares disseram que os policiais espancaram e esfaquearam as vítimas.


A reportagem teve acesso a um vídeo, gravado no IML, que mostra os corpos feridos e com buracos. Um deles aparece com o intestino completamente para fora do corpo.


O caso também está sendo investigado 23ª Promotoria de Investigação Penal, auxiliada pelo Gaesp (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública).