Franklin de Freitas

Nas últimas semanas, uma onda de assaltos contra motoboys de Curitiba têm chamado a atenção dos trabalhadores e da polícia. Pelo menos seis empresas do bairro Pilarzinho, na região norte da Capital, foram alvo de criminosos no mês de setembro. Eles fazem pedidos de delivery (principalmente de alimentos) e assaltam os entregadores quando eles chegam com as encomendas. 

De acordo com a Polícia Civil, os boletins de ocorrência foram registrados por comerciantes na 9ª Delegacia de Polícia e a investigação já está a cargo da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), que pede para que outras possíveis vítimas procurem registrar os fatos. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo disk denúncia (41) 99281-7392 ou pelo (41) 3218-6100 (telefone da DFR).

Segundo relatos das próprias vítimas, os ladrões, ao fazer o pedido, diziam precisar de uma quantidade alta de troco. Quando chegava ao local indicado para realizar a entrega, o motoboy tinha os celulares roubados, a comida, o troco e, em alguns casos, a moto.

Agenor Pereira (mais conhecido como Cacá), presidente do Sintramotos, o sindicato da categoria, aponta que esse tipo de situação não chega a ser novidade e relata que neste ano houveram episódios parecidas em bairros como Sítio Cercado, Tatuquara, CIC e outros municípios da região metropolitana, como Colombo. Ele aponta, porém, que geralmente as ocorrências são mais espaçadas.

“Na maioria das vezes, são ocorrências bem distantes (temporalmente) uma das outras, mas tivemos esses casos recentes concentrados nessa região”, afirma. “Acontece em todas as regiões da cidade. Tem malaco num bairro qualquer e faz isso para levantar uma grana. Mas a região (dos crimes) acaba sendo alternada. Ele saem de uma região e vão para outra, até para não ficar marcado. 

Para o sindicalista, as ocorrências no Pilarzinho servem como um alerta para os motoboys se prevenirem, mas destaca que não há motivo para medo. Ele ainda cita uma série de medidas que podem ajudar os trabalhadores a se prevenirem.

“Isso acontece pela fragilidade do próprio sistema. Solicita o produto, o delivey, e o trabalhador vai fazer a entrega. Mas tem de pensar na prevenção do motoboy. Quandoi pede troco, quando pede muita encomenda, um pedido alto ou um pedido baixo e muito troco, tem de suspeitar. Vai no Google, confere o endereço. No calor da venda, passa batida essa parte da prevenção”, comenta o presidente do Sintramotos.

 “O motociclista está vulnerável”, diz Sintramotos
Cacá Pereira, presidente do Sintramotos, afirma ainda que os motociclistas estão vulneráveis, principalmente no período da noite, que concentra 99% das ocorrências, segundo ele. Por isso, apela aos donos de restaurantes, lanchonetes, pizzarias e afins para que busquem formas de prevenir esse tipo de situação e preservar a vida dos trabalhadores, colocando-se à disposição para abrir diálogo com o sindicato patronal. “Estamos à disposição para interagir.  O dia a dia das empresas é focado nas vendas e não promove esse tipo de precaução. Pedimos para que eles orientem os atendentes, avisem os motoristas quando o pedido suspeitam do pedido, quando o cliente é novo e se certiofiquem do endereço. Tem que ter jogo aberto, essa conversa entre os atendentes e os motociclistas é fundamental.”

Veículos apreendidos nas ruas de Curitiba vão a leilão
Sessenta e nove veículos apreendidos em operações de trânsito em Curitiba irão a leilão na quarta-feira (24/10). São 47 automóveis e 22 motos que, após terem sido removidos das vias públicas por apresentarem irregularidades em fiscalizações de rotina dos agentes de trânsito e guardas municipais, não foram retirados pelos responsáveis no prazo estipulado por lei, de 60 dias.

O pregão é do tipo maior lance, nas modalidades on-line e presencial, e começa às 11h da quarta-feira (24/10). Os interessados podem conferir os modelos nesta segunda (22/10) e terça-feira (23/10), no horário das 9h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30, no pátio localizado no bairro Portão (Rua Alberto Klemtz, 310). Nesse período é possível verificar o estado de conservação e de alienação dos bens.

Entre os modelos disponíveis estão automóveis das marcas Fiat, GM, Volkswagen, Renault, Peugeot e Ford. Os lances iniciais variam de R$ 500 a R$ 9,9 mil. No caso das motos, das marcas Honda, Yamaha, Suzuki e Ava/Kymco, os lances variam de R$ 150 a R$ 4 mil.

A realização de pregões de carros recolhidos pelos órgãos oficiais está prevista no artigo 328 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece que se o veículo removido não for reclamado no prazo de 60 dias, contando da data do recolhimento, será levado a leilão.

Podem ser removidos carros, caminhões, ônibus e motos parados, por exemplo, em horários proibidos pela sinalização, em vagas exclusivas para idosos ou para pessoas com deficiência, em guias rebaixadas ou em espaços reservados para outros tipos de veículo, como pontos de táxi.
A fiscalização é feita por agentes da Superintendência de Trânsito (Setran) e por guardas municipais que têm a atribuição de atuar no trânsito, na cidade toda. 

Serviço:
Inspeção dos veículos que irão à leilão
Data: 22 e 23/10 (segunda e terça-feira)
Horário: das 9h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30
Endereço: Rua Alberto Klemtz, 310 – Portão
Pregão
Data: 24/10 (quarta-feira)
Local: Avenida Marechal Floriano Peixoto,  886 – Centro – e simultaneamente no site www.kronberg.lel.br