A Polícia Militar do Paraná (PMPR), através de um projeto do Governo do Estado, fez a releitura de algumas cartilhas de segurança voltadas para cuidados básicos para mulheres, na residência e aos Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEG’s). Nesta quarta-feira (02/10) a cartilha por um comércio mais seguro foi distribuída na rua Ernesto Germano Francisco Hanemann, no bairro Tatuquara em Curitiba (PR). A ação também aconteceu na tarde deste mesmo dia no bairro Sítio Cercado, na região sul da capital do estado.

Nosso setor de estatística notou que nesta rua houve um aumento muito grande no número de ocorrências, então viemos verificar o que realmente estava acontecendo. Em função disso, até por conta do relançamento da cartilha voltada para segurança nos comércios, resolvemos iniciamos esta distribuição a fim de termos um contato com os comerciantes da área e em segundo lugar dar às pessoas uma resposta relacionada à Segurança Pública por parte da Polícia Militar, explica o Major Manoel Jorge dos Santos Neto, Chefe da Seção de Planejamento do 13º BPM.

O material, que resultou de uma pesquisa de criminalidade da PM no ano de 2006 em 101 estabelecimentos comerciais de Curitiba, traz orientações para a adequação do espaço comercial pensando na melhora dos níveis de segurança, aplicando os conceitos da Prevenção do Crime e utilizando da Arquitetura Contra o Crime, livro elaborado pelo Comandante Geral da PM, coronel Roberson Luiz Bondaruk.

Na verdade nos sentimos muito vulneráveis. Agradecemos a presença da Polícia Militar que veio até nós tomar conhecimento da situação e ajudar. Mais do que a minha própria segurança também tenho que pensar nos meus clientes, já instalamos câmeras e alarmes, mas se não tiver um cuidado maior nada vai adiantar. Com certeza esta cartilha irá nos auxiliar em várias situações, afirma a comerciante Raquel Vitorino, do Tatuquara.

Um comerciante local, que não quis se identificar, afirmou que além do policiamento é preciso que os comerciantes colaborem com a polícia, pois em muitos casos não é feito o registro das ocorrências. Alguns estabelecimentos possuem poucas condições de estrutura e segurança, dicas que podemos ver nesta cartilha, afirmou. Segundo o major Neto, a falta de registro destas situações acaba dificultando o trabalho da PM, pois não é possível identificar os locais com maior registro de furto e roubos.

CARTILHA – A cartilha faz um panorama do que é arquitetura contra o crime, como a vigilância natural, o reforço territorial, o controle de acesso, a localização da edificação no terreno, a estrutura de um estabelecimento comercial, além de questões como a exposição ou posição do estoque e de mercadorias, posicionamento do caixa, dispositivos de segurança, câmeras e alarmes.

Todas as dicas e orientações são ilustrativas, trazendo de forma explicativa como o comerciante pode agir em determinadas situações. A cartilha, que foi revisada pelo coronel Roberson, já havia sido lançada pela PMPR anteriormente e faz parte de uma série idealizada pelo Governo do Estado, mas teve seu conteúdo reformulado e seu design modernizado.

Também foram inclusas figuras que representam os exemplos citados e situações comuns que condizem com nossa atualidade. O texto tem uma linguagem simples, de fácil compreensão para que todas as pessoas possam ter um bom entendimento.