E. W.N C. foi preso na manhã desta quinta-feira (30) em flagrante por policiais da Divisão de Combate à Corrupção, da Polícia Civil do Paraná, durante a “Operação Identidade” – que teve o apoio da Receita Federal. Ele é suspeito de uso de documento falso e estelionato.

Quando foi detido em casa, no bairro Ecoville, em Curitiba, ele se apresentou com outro nome. Este é apenas um dos nomes usados por ele. A investigação da Divisão de Combate à Corrupção identificou outros cinco nomes usados por ele. São variações do verdadeiro nome: Eduardo Welberth Carvalho, Eduardo Douglas Farias, Eduardo Oliveira de Queiroz e Eduardo Pedro Alcântara.

Com pelo menos seis diferentes identidades, ele conseguiu comprar carros de luxo como um Audi modelo Q7, uma BMW 540i e um mini cooper – todos apreendidos durante a ação policial -, além de abrir pelo menos três diferentes empresas em Curitiba que foram objeto de busca e apreensão. Os carros são avaliados em quase R$ 1 milhão.

Na casa do preso os policiais apreenderam mais de 20 cartões de crédito, talões de cheque e documentos bancários todos com o nome falso de Eduardo Alcântara Cardoso. Foi apreendida também a certidão de nascimento dele emitida no Estado da Paraíba. Mas a Divisão de Combate à Corrupção já atestou que o documento é falso. Aliás, na casa de Eduardo foi encontrado um bloco com dezenas de folhas em branco de certidão de nascimento. Até na certidão de nascimento do filho ele colocou o nome falso.

Uma das lojas abertas pelo estelionatário vende drones e fica em um luxuoso shopping de Curitiba. Só o aluguel desta loja passa de R$ 20 mil mensais. Na loja, fiscais da Receita Federal apreenderam todos os equipamentos que estavam a venda para fiscalizar a procedência dos equipamentos. Há indícios de sonegação fiscal, uma vez que em interceptação telefônica autorizada pela Justiça, ele fala com um cliente sobre a venda de um drone. O preço varia: com nota é um custo sem nota é outro.

Não é a primeira vez que E. W.N C. é preso. Ele tem cinco mandados de prisão em aberto contra ele em outros estados do país e já foi condenado pelo crime de estelionato majorado a mais de sete anos de prisão pela 4º Vara Criminal de João Pessoa, na Paraíba.

Em 2010 ele foi detido pela Polícia Civil da Paraíba suspeito de aplicar um golpe milionário usando dezenas de cartões de créditos e documentos falsos. Lá ele chegou a ter 11 diferentes nomes e, segundo relatos, chegou a se passar por procurador de Justiça e assessor da Casa Civil da Paraíba. Em 2012, foi novamente detido durante a Operação Azambuja pelo crime de lavagem de dinheiro.

E. W.N C responderá agora pelo crime de uso de documento falso e a polícia tem indícios de crime contra ordem tributária e lavagem de dinheiro.