A população autodeclarada branca encolheu no Paraná nos últimos cinco anos, enquanto as populações negra e parda aumentaram no mesmo período. É o que diz a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Apesar da queda, a população branca é ampla maioria no Paraná. Segundo a PNAD Contínua, em 2012 a população branca no Paraná correspondia a 70,1% do total. Em 2016, ano-base da última pesquisa, caiu para 67,6% do total. A queda foi de 3,57% entre 2012 e 2016 – ou 2,5 pontos porcentuais no período. A população preta era de 3,1% em 2012 e subiu para 3,3% em 2016. O crescimento foi de 6,45%, ou 0,2 pontos porcentuais. Já a população parda variou de 25,5% (em 2012) para 27,8% (em 2016), sendo 9% de alta proporcional e variação de 2,3 pontos porcentuais.

A pesquisa considera que 0,3% do total de habitantes do Paraná não responderam.

Em números absolutos, o Paraná tem 11,2 milhões de habitantes, sendo 7,59 milhões de brancos (67,6% do total), 372 mil negros (3,3% do total) e 3.123 pardos (27,8% do total)

Com esses porcentuais, o Paraná tem, proporcionalmente, menos brancos que a região Sul. Em 2016, 76,8% da população da região Sul se declarou branca, 18,7% parda e apenas 3,8% preta. Por outro lado, em termos nacionais, a população branca representava 44,2% da população residente, ao passo que 8,2% se declarou preta e 46,7%, parda.

Por sexo

Entre os homens do Paraná, entre 2012 e 2016 houve queda de 1,6% na população branca de 8,3% na população negra. Já os pardos aumentaram 4,89% no período. Já entre as mulheres, houve queda de 3,9% entre a população branca, enquanto a negra cresceu 0,7% e a parda, 3,2%.

Grande Curitiba

A Grande Curitiba tem um porcentual maior de brancos em relação ao resto do Paraná. Em 2016, 74,9% da população de Curitiba e Região Metropolitana dizia ser branca – em relação a 2012, contudo, houve queda de 0,27%. A população autodeclarada negra é de 2,9% (9,38% a menos que em 2012) e a de pardos chega a 21,1% do total – foi o único grupo que teve alta (0,96%) nos últimos cinco anos.