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BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Terceiro colocado na disputa presidencial deste ano, Ciro Gomes não cedeu aos apelos dos petistas e acabou não anunciando voto em Fernando Haddad, do PT, às vésperas do segundo turno.

Em uma espécie de lançamento informal de sua candidatura em 2022, o cearense gravou um vídeo para dizer que não tomará lado na disputa eleitoral e que, se não pode ajudar, também não irá atrapalhar.

"Todo mundo preferia que eu, com meu estilo, tomasse um lado e participasse da campanha. Mas eu não quero fazer isso por uma razão muito pratica que não quero dizer agora. Se não posso ajudar, atrapalhar é que não quero", disse.

Na gravação, ele deixa claro que sua posição é uma tentativa de preservar um caminho para que a sociedade tenha uma referência no futuro. E pede mobilização de seus eleitores para defender a democracia.

"O que precisa para o Brasil a partir de segunda-feira é que a gente construa um grande movimento que proteja a democracia e a sociedade mais pobre", disse.

Ele afirma ainda que estará "na linha de frente" e que "ninguém está obrigado a votar contra convicções e ideologias". "Não é se queixando e lamentando que vamos resolver isso", afirmou.

O tom da declaração de Ciro surpreendeu e irritou a campanha de Haddad, que esperava uma manifestação de apoio explícita do ex-governador do Ceará.

Neste sábado (27), Haddad já havia estocado o ex-adversário na corrida ao Planalto. Sem citá-lo nominalmente, o petista afirmou que estava contabilizando os apoios que recebeu até agora e que "nem todo mundo tem coragem de admitir o risco" que Bolsonaro representa.

O candidato do PT vai fazer uma transmissão ao vivo nas redes sociais ainda este sábado, mas aliados dizem que ele não deve fazer nenhum comentário sobre o vídeo de Ciro.