As apreensões de cigarros contrabandeados estão em alta no Paraná. Segundo informações da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), neste ano foram apreendidos, em média, 278.481 maços de cigarros ilegais por dia no estado. Em valores, isso representa uma perda diária de R$ 1.448.101,20 ao mercado negro, considerando o valor médio de R$ 5,20 por cada maço de cigarro contrabandeado.

Ao todo, entre janeiro e julho deste anos foram apreendidos 58,76 milhões de maços de cigarro no Paraná, valor 13,73% superior ao verificado no mesmo período de 2017, quando haviam sido retirados de circulação 51,67 milhões de maços ilegais. 

A Receita foi a maior responsável pelas apreensões, somando 49,73 milhões de maços – alta de 17,47% na comparação com 2017. Já a PRF somou 9,03 milhões de maços apreendidos, com leve queda de 3,26% na comparação com os primeiros sete meses do ano anterior.

Os dados disponíveis apontam ainda para uma correlação entre as medidas que visam restringir o consumo de tabaco e o crescimento do mercado ilegal no Paraná.   Segundo a Pesquisa Internacional de Tabagismo (TIC), os principais responsáveis pela redução do número de fumantes são os impostos que incidem sobre o produto, que subiram mais de 116% no período.

Maior consumidor
Informações da  Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) colocam o Paraná como o maior consumidor de cigarros contrabandeados do Paraguai. Se em 2011, ano em que o governo  federal colocou em vigor um novo sistema de tributação para o cigarro, o mercado ilegal representava 20,2% do total no estado, hoje esse percentual já chega a 52%, acima da média nacional, de 48%.
Estima-se que o país ainda tenha cerca de 20 milhões de fumantes.