Diversos bairros das regiões norte e noroeste de Curitiba ficaram sem energia elétrica durante um período entre o fim da tarde e início da noite da sexta-feira passada. Cerca de 130 mil unidades consumidoras ficaram sem energia elétrica. Segundo a Copel, a queda de energia teria sido provocada por um acidente com um balão de ar quente que atingiu a fiação elétrica afetando a subestação Pilarzinho.
Esse é um dos tipos de acidentes que balões de ar quente podem provocar. Mas, muito além do corte de energia, eles podem contribuir em ocorrências muito mais graves e até fatais, como prejudicar o voo de aeronaves. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa), ligado ao Comando da Aeronáutica, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná lideram o ranking de ocorrências desde 2016.
Naquele ano, por exemplo, o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, teve registro de nove ocorrências de balões não tripulados nas imediações do aeroporto, sendo cinco apenas no mês de junho. O Cenipa calcula que cerca de 100 mil balões de ar quente não trripulados sejam soltos todos os anos no País.
Não é só em festas
Apesar de serem mais frequentes no período de festas juninas, os balões podem ser avistados durate o ano todo. Isso porque existem clubes de baloeiros, apesar da prática ser crime ambiental. Na Grande Curitiba seriam dezenas em atuação, principalmente na zona rural de municípios vizinhos. A polícia ambiental realiza frequentes apreensões de material usado por estes clubes de baloeiros.

Riscos
O que um balão pode provocar

Os balões não tripulados prejudicam seriamente a aviação civil em diversos aspectos, desde o risco de uma colisão até a necessidade de manobras evasivas abruptas e a interrupção de pousos e decolagens, que acarretam atrasos
Além disso, os balões não tripulados também podem causar danos à rede elétrica e cair em florestas, residências e indústrias, provocando incêndios e colocando em risco a segurança das pessoas também no solo
De acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), no ano de 2016 foram reportados 510 avistamentos de balões na rota de aeronaves, sendo o estado de São Paulo o campeão com 307, seguido do Rio de janeiro, com 117 casos, e Paraná, com 54 notificações
Em 2016, o período de maior registro de balões no espaço aéreo brasileiro ocoreu entre maio a julho, com 199 ocorrências no País, seguido de agosto a dezembro (177) e janeiro a abril (134)
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério dos Transportes, Cenipa