A Comissão Processante da Câmara que analisa a denúncia contra a vereadora Katia Dittrich (SD) – acusada de ficar com parte dos salários de ex-assessores – deve decidir esta semana se o processo seguirá em frente ou deve ser arquivado. Na quarta-feira, Dittrich (SD) protocolou sua defesa e com isso, a comissão passou a ter cinco dias para tomar uma decisão. Na defesa, a vereadora refirmou as alegações feitas anteriormente de que tudo não passaria de um complô do suplente e ex-vereador Zé Maria (SD), que teria plantado ex-assessores em seu gabinete para incriminá-la e tomar sua vaga na Câmara. Zé Maria nega as acusações.

Xingamento
Na minha inocência, não percebi que se tratava de um complô, mas ali nas provas tudo vai se materializar, disse a parlamentar. Ela queixou-se também de ter perdido a liberdade por conta das denúncias e chegou a interromper o trabalho pela defesa dos animais. A gente vai no supermercado e é xingado, agredido, então é muito difícil. Espero que a partir do momento que eu seja inocentada, a imprensa me dê também um espaço para eu poder mostrar a minha defesa e andar de cara limpa pela cidade sem ser importunada no supermercado aos gritos, afirmou Dittrich.

Plenário
Após os próximos cinco dias úteis, se a Processante optar por arquivar o processo de cassação do mandato da parlamentar, terá que submeter essa decisão ao plenário. Os vereadores podem discordar da comissão e determinar o prosseguimento da apuração. Se essa possibilidade de arquivamento não for levantada, é dada sequência normalmente na investigação, sem consulta ao plenário.

Pichadores
A Câmara vota hoje projeto do vereador Helio Wirbiski (PPS) que propõe aumentar a multa para quer for flagrado pichando patrimônio público ou particular, hoje de R$ 1.693,84. Pela proposta de Wirbiski, o valor passaria para R$ 5 mil em casos de danos ao patrimônio privado e R$ 10 mil ao público, independente de eventuais indenizações pelas despesas e custas da restauração.

Arte de rua
Na terça-feira, os vereadores votam projeto da vereadora Julieta Reis (DEM), que regulamenta as atividades de artistas de rua na Capital. Não se pode confundir o artista de rua com o artesanato, com as artes plásticas e muito menos com o comércio ambulante. No caso em tela, o artista é a própria performance. Ele se apresenta na rua e é a sua própria atração, justifica a vereadora, cujo progeto enquadra na definição atividades como teatro, dança, música, capoeira, mímica, estátuas vivas, repentistas, arte performática, poesia declamada e artes circenses, a exemplo dos palhaços, mágicos, malabaristas e trapezistas.

Desembarque
Na Assembleia Legislativa, a expectativa é sobre se o secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior (PSD), confirmará hoje seu desembarque do cargo para retomar o mandato de deputado estadual e se dedicar à pré-candidatura ao governo para 2018. Inicialmente, a saída dele havia sido confirmada por aliados para o último dia 28, mas Ratinho Jr teria decidido adiá-la por uma semana a pedido do governador Beto Richa (PSDB).

Licença
Caso confirme o retorno à Assembleia, porém, Ratinho Jr não deve reassumir já as atividades parlamentares. A tendência é que ele se licencie por 120 dias para poder ter liberdade para articular as alianças e apoios que pretende atrair para disputar o comando do Palácio Iguaçu. Assim, ele só retomaria o mandato para valer no início do ano que vem.