CATIA SEABRA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, reconheceu nesta segunda-feira (14) dificuldade de mobilização popular pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o dia 7 de abril.

Ao discursar em uma jornada pela defesa da democracia -a oitava edição desde 2015- Okamotto fez um apelo para que petistas e integrantes de movimentos de esquerda parem de pregar para convertidos. “Muita gente aqui é convertida. Já sabe da história”, disse.

E se esforcem, desde já, para ampliar o movimento em apoio ao ex-presidente. “Não da para esperar o processo eleitoral. Tem que ser desde já.”

Só assim, com a mobilização de “milhões e milhões de pessoas”, será possível tirá-lo da prisão, disse.

E, para convencer mais gente é preciso usar a inteligência, disse Okamotto, mas especificamente como fazer isso ele ainda não sabe, admitiu no discurso.

Lembrando os mais de 40 anos de amizade com Lula, Okamotto disse que, para o ex-presidente, é uma tortura ficar isolado, sem falar de política. E repetiu que Lula é um homem inocente.

“Não consigo imaginar o Lula sem alguém para discutir política. Lamentavelmente, ele está trancado. É quase uma solitária”, afirmou Okamotto, quatro dias após visitar o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.