RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu 1,3% na semana passada, para R$ 4,554 por litro. A margem dos revendedores, porém, permaneceu em alta, segundo pesquisa feita pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

Em um mês, o preço da gasolina tem queda acumulada de 3,3% nas bombas, acompanhando os cortes promovidos pela Petrobras no valor de venda do produto em suas refinarias, que já chegam a 19% em novembro.

Margens de revenda e o modelo de cobrança dos impostos estaduais, no entanto, vêm segurando os repasses. Na semana passada, a fatia do preço que fica com os postos chegou a R$ 0,580 por litro, 7% a mais do que na semana anterior.

Com a queda das cotações internacionais, a Petrobras anunciou nesta segunda (26) o 17º corte consecutivo no preço de venda da gasolina em suas refinarias, que nesta terça (27) será de R$ 1,5007 por litro, o menor desde outubro de 2017, em valores corrigidos pela inflação.

Desde que o ciclo de quedas foi iniciado, o preço da gasolina nas refinarias caiu 34%. As distribuidoras de combustíveis -que compram gasolina da Petrobras, misturam ao etanol e revendem aos postos- repassaram queda de 6,9%. Nas bombas, a redução no mesmo período foi de apenas 3%. 

Os postos alegam que a queda dos preços ao consumidor depende também da velocidade de repasse pelas distribuidoras. Para especialistas, os empresários podem estar recuperando margens, que ficaram pressionadas durante o período de preços altos.

DIESEL

De acordo com a ANP, o preço médio do diesel ficou praticamente estável na semana passada, com queda de apenas 0,4%, para R$ 3,650 por litro. O valor é 1,8% inferior ao praticado no final de outubro, quando a ANP autorizou corte de 10% no preço de refinaria. 

Desde o início do programa de subvenção federal, em junho, o preço de venda do óleo diesel por produtores e importadores é tabelado. Na fase atual do programa, o valor é revisto a cada 30 dias, de acordo com a variação das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio.

A próxima revisão será na sexta (29) e, se mantido o cenário atual, há espaço para corte superior a 10%. A área energética defende, porém, que o governo aproveite o momento para reduzir o valor do subsídio, para evitar repique de preços após o fim do programa de subvenção.