SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo tornou patrimônio histórico o conjunto de edificações que fazem parte do colégio Santa Marcelina, no bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo.

O tombamento, determinado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), foi publicado no Diário Oficial do município nesta quinta-feira (19). Outros 40 imóveis localizados no mesmo bairro também foram tombados pelo órgão na mesma ocasião. 

De acordo com a resolução, devem ser preservadas as características originais da parte externa do edifício e também do saguão de entrada, corredores, escadas e pátio interno. A capela que faz parte do conjunto arquitetônico também não poderá sofrer alterações —inclusive os ornamentos, vitrais e pisos.

Para Marinez Rossato, delegada regional no Brasil do Instituto Internacional das Irmãs de Santa Marcelina, o tombamento é um reconhecimento da importância do colégio para a história de São Paulo. “Além da arquitetura, há uma dimensão afetiva que nos faz preservar esses espaços para os ex-alunos voltarem e ainda reconhecerem o colégio onde estudaram”, diz.

O estudo de tombamento das edificações em Perdizes teve início em 2011 e previa ao todo 63 endereços. Parte deles, porém, não passou nos critérios do Conpresp. Além do colégio, os outros imóveis tombados são casas e sobrados de arquitetura da década de 1930.

Trata-se de construções cujas fachadas remetem aos primórdios da ocupação do bairro, que nasceu como uma chácara onde se criavam perdizes, um tipo de ave. Os endereços ficam em ruas famosas do bairro, como Turiassú, Itapicuru, Homem de Melo e Cândido Espinheira.

Fundado em 1927, o colégio Santa Marcelina foi projetado sob o estilo gótico lombardo, já que a congregação cristã que fundou o colégio é original da região da Lombardia, na Itália. A execução do desenho vindo da Itália ficou sob responsabilidade do engenheiro Domenico Marchetti.