SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As investigações da Polícia Civil sobre a morte do jornalista Maurício Campos Rosa indicam que a prefeita de Santa Luzia (região metropolitana de Belo Horizonte), Roseli Ferreira Pimentel (PSB), desviou R$ 20 mil dos cofres públicos para pagar ao assassino. A polícia divulgou nesta segunda-feira (11) que a prefeita fez uma manobra contábil para desviar o dinheiro e financiar o crime. Segundo a Polícia Civil, Roseli teria retirado o valor da Secretaria da Saúde, mas com nota de compras de mamão da Secretaria da Educação. Com isso, a prefeita foi indiciada também pelo crime de peculato devido ao uso de dinheiro público e desaparecimento dos pertences que estavam com a vítima no dia que foi assassinada. Roseli está detida preventivamente desde a última quinta (7), suspeita de participação na morte do jornalista. Além da prefeita, outras três pessoas foram presas na última quinta: David Santos Lima (conhecido como Nego), Alessandro de Oliveira Souza (o Leleca) e Gustavo Sérgio Soares Silva (o Gustavim). Todos eram investigados sob suspeita de participação no crime. A reportagem não conseguiu contato com a defesa da prefeita nem com a assessoria da prefeitura e dos demais citados. Roseli já havia sido afastada do cargo em junho deste ano, após ter sido condenada por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2014, pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). A corte determinou sua cassação e a inelegibilidade por oito anos. A prefeita, porém, recorreu do afastamento e conseguiu voltar ao cargo após duas semanas. O jornalista Maurício Campos Rosa, 64, dono do jornal “O Grito”, de Santa Luzia, foi morto a tiros quando saía da casa de um amigo em agosto do ano passado. Quatro tiros o atingiram nas costas e um na nuca. O jornal “O Grito” é distribuído gratuitamente em Santa Luzia e tem notícias da região.